Apesar da assinatura do acordo coletivo com validade de dois anos, com a aprovação da maioria da categoria, a luta ainda não acabou.
Se por um lado conseguimos garantir, por um período, praticamente todos os nossos direitos conquistados durante os muitos anos de batalha, a indefinição da conjuntura política e econômica do Brasil pode esfacelar a nossa categoria com a implantação da reforma trabalhista e da terceirização, com a redução drástica da categoria.
Se momentaneamente conseguimos interromper o processo pretendido pelos banqueiros de retirada de direitos, mudanças podem acontecer a depender do projeto e das forças políticas que assumirão o poder a partir do próximo ano.
As ditas reformas que pretendem acabar com o que resta do Estado, privatizando e entregando para o capital privado todas as empresas públicas – que poderiam contribuir decisivamente na construção de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento nacional e que poderiam reduzir as desigualdades sociais e garantindo para os trabalhadores condições dignas de sobrevivência. Essas questões continuam sendo pautadas pela maioria dos candidatos que se colocaram na disputa pela Presidência da República.
Para o futuro próximo, as discussões sobre a reforma da Previdência, da legislação tributária e as possíveis desregulamentações no mundo do trabalho deverão continuar.
Apesar do acordo com os banqueiros ter a validade de dois anos, isso não deve e nem pode significar que a categoria deva se omitir das lutas gerais dos trabalhadores. A participação de bancárias e bancários somando forças com os demais movimentos organizados da população será de fundamental importância para garantir a manutenção do que já conquistamos e resistir aos ataques que não cessarão com o fim desta Campanha Nacional.