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Pressão da sociedade altera cenário da terceirização

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A mobilização dos trabalhadores, no último dia 15, contra a ampliação da terceirização e a precarização do emprego no país, ocupou as ruas de quase 40 cidades de 23 estados e teve impacto nas redes sociais, demonstrando que a força popular pode atingir seus objetivos. Um dia antes dos protestos, mesmo que numa provável tentativa de ludibriar a sociedade, os deputados aprovaram a retirada de empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias da proposta, ponto que, por ferir a forma de contratação instituída na Constituição Federal, teria sido derrubada de qualquer maneira.

A pressão popular despertou tanto a preocupação de líderes partidários com a repercussão negativa do projeto na sociedade que acarretou no adiamento da continuidade da votação dos pontos polêmicos, como a terceirização das atividades-fim de uma empresa, a responsabilidade da
empresa contratante em relação aos direitos trabalhistas e a sindicalização dos contratados, para esta semana.

Mas, no cenário político, os deputados não foram os únicos a temerem o impacto do projeto. Antes mesmo de ter a votação levada à plenária, o presidente do Senado, Renan Calheiros, se antecipou a garantir que a terceirização não passará na casa, por representar ameaça a direitos sociais e retrocesso nas relações de trabalho. E até o ex- presidente Lula se manifestou, cobrando da presidente Dilma Rousseff o veto à lei da terceirização, afirmando que “não deixar aprovar a lei 4330 é questão de honra da classe trabalhadora”.

Para a diretora de Cultura e Formação Sindical, Larissa Couto, a classe trabalhadora deve estar mobilizada pelo veto do PL. “Mesmo que o projeto passe na Câmara, a pressão dos trabalhadores pode reverter essa situação. Devemos realizar o número de manifestações necessárias
para barrar esse projeto que prejudica a todos. Se não houver mudança, uma greve geral não pode ser descartada”, conclui.

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