O Santander tenta enrolar, mas o movimento sindical chega junto. Depois da pressão dos funcionários, o banco agendou negociação para 6 de novembro, onde promete apresentar proposta para as reivindicações específicas.
Entre as demandas, melhorias nas condições de trabalho, com a contratação de bancários, e o fim das reuniões diárias para a cobrança de metas. Em negociação realizada nesta quinta-feira (23/10), a direção da empresa finalmente sinalizou possibilidades de avanços em alguns itens.
Destaque para as bolsa de estudo para a segunda graduação. "O Santander tenta enrolar, mas não vamos deixar que questões importantes sejam colocadas de lado. Depois de um longo debate, a empresa reconheceu que precisa tratar com atenção as demandas", aponta o diretor de Comunicação do Sindicato da Bahia, Adelmo Andrade.
À tarde, os debates se concentraram na denúncia sobre a existência de controle nos exames médicos para a caracterização do funcionário como inapto. O diretor do SBBA, Adelmo Andrade, apresentou depoimentos sobre os absurdos cometidos pela Micelli Soluções em Saúde Empresarial, contratada pelo Santander para fazer os exames.
Em rodada anterior, já havia sido entregue ao banco um formulário de "prontuário clínico". No documento há um espaço onde consta o "fluxo para inaptidão", onde o médico examinador deve "contatar antecipadamente o médico coordenador para conclusão".
Presente na reunião, o médico geral da empresa, Gustavo Locatelli, afirmou que não existe orientação para finalizar os exames por telefone, em caso de inaptidão. Mas, os depoimentos mostram o contrário, deixando o Santander em saia justa.
O movimento sindical cobra o fim do formulário e mudanças na orientação dos profissionais. Tem mais, os sindicatos vão tomar providências. Uma nova discussão sobre o tema deve acontecer entre 10 e 14 de novembro.
Fonte: SBBA