A reunião da comissão paritária do Plano de Cargos e Salários (PCS), realizada na última terça-feira (17), em Brasília, trouxe avanços na construção da sistemática de promoção por mérito para o ano-base de 2015. Depois de assegurada a não vinculação ao cumprimento de metas, ficou garantida a conquista de um delta com 40 pontos. No critério anterior, eram necessários 50 pontos.
A Caixa se comprometeu a enviar no dia 24 de março, para as representações dos trabalhadores, o documento contendo os pontos acordados. O objetivo é que a sistemática, para aplicação em 2016, seja homologada na primeira negociação da mesa permanente, agendada para o dia 31 de março. Outra conquista dos trabalhadores é a garantia de pontos extras, num total de 10, para os empregados que investirem no autodesenvolvimento.
Ainda na reunião, a Caixa assegurou que não haverá exigências de cursos. Nesse critério, contará os cursos que o empregado fizer. A sistemática da promoção por merecimento terá uma pontuação máxima de 70 pontos. Desse total, 40 serão dos critérios objetivos, que incluem: frequência ao trabalho medida pelo Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon), participação do empregado no Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e horas de capacitação com a realização de 30 horas anuais nos módulos da Universidade Caixa, além da participação de cursos sugeridos pelo banco para o desenvolvimento orientado.
Para os critérios subjetivos, a Caixa sugeriu adotar um formato mais simplificado em relação ao modelo aplicado em 2013, dando foco na avaliação de equipes de trabalho e não nas unidades como um todo. Os representantes dos trabalhadores concordaram com a proposta, mas reivindicaram ajustes. Primeiro na pontuação sugerida pelo banco que era de apenas cinco pontos e segundo na aplicação da métrica, para evitar prejuízos tanto para as agências que tem equipes de trabalho com apenas dois empregados, por exemplo, quanto para as agências que possuem equipes com maior número de trabalhadores.
A Caixa recuou e aumentou para 20 pontos a pontuação dos critérios subjetivos. A empresa também concordou em estabelecer um teto mínimo de dois empregados a serem indicados para recebimento do delta e o texto máximo de oito. O banco ficou de estudar também como será feito o escalonamento da pontuação.
Em 2014, por outro lado, a Caixa não debateu os critérios com os trabalhadores e pagou um delta a todos os empregados, também conquistado com a luta dos trabalhadores.
Fonte: Contraf