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Reajuste do salário mínimo para R$ 1.039 fica abaixo da inflação

O salário mínimo corrigido 4,1%, indo de R$ 998 para R$ 1.039, que entrou em vigor no último dia 1 de janeiro, ficou abaixo do INPC (Índice Nacional de Preços ao Mercado) de 2019, de 4,48%, divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira (10).

Para se igualar à variação do INPC, que calcula a inflação para famílias com rendimento de 1 a 5 salários mínimos e que é a base oficial para o reajuste do piso nacional e das aposentadorias e pensões do INSS, o salário mínimo deveria ter chegado a R$ 1.043 em 2020.

Uma MP (medida provisória) com o novo valor, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União, com reajuste de 4,1%. O aumento havia sido acima da previsão do mercado para o INPC.

O reajuste também foi superior ao aprovado pelo Congresso no Orçamento de 2020, que previa uma alta para R$ 1.031, com reajuste de 3,3%. O valor do piso serve para balizar os pagamentos de benefícios assistenciais, previdenciários, além do abono salarial e do seguro-desemprego.

O presidente Jair Bolsonaro ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes
O presidente Jair Bolsonaro ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes – Pedro Ladeira/Folhapress

O governo diz que, para calcular o salário mínimo deste ano, teve que compensar a inflação de dezembro de 2018, quando os preços subiram acima do esperado. Por isso, o piso de R$ 998, que vigorou em 2019, ficou levemente abaixo do que deveria (corrigido pela inflação).

O IBGE destacou que o INPC de 2019 foi acima dos 3,43% de 2018 em 1,05 ponto percentual.

“Os alimentícios subiram 6,84%, e os não alimentícios, 3,48%. Em 2018, o grupo alimentação e bebidas havia tido alta de 3,82% e, os não alimentícios, de 3,25%”, disse o IBGE.

A pesquisa destacou que o maior índice regional foi o da região metropolitana de Belém, com 5,76%, influenciado pela alta de 34,73% no preço das carnes, que contribuíram em 2,07 ponto percentual no resultado geral da área.

Já o menor índice foi registrado em Brasília, de 3,52%, devido principalmente à queda de 34,28% nos preços do tomate e de 2,79% na energia elétrica.

 

Fonte: Folha de São Paulo

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