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Representações dos empregados da Caixa defendem a ampliação das medidas de proteção em unidades do banco

Representantes dos empregados da Caixa Econômica Federal voltaram a alertar sobre a necessidade de ampliar as medidas de proteção aos usuários e trabalhadores de agências bancárias em todo o país. Eles temem que, com o anúncio do início do pagamento do auxílio emergencial de R$ 600,00 para trabalhadores informais, a partir desta quinta-feira (9), haja uma corrida às unidades nos próximos dias.

Em entrevista coletiva nesta terça (7), quando falou sobre os canais de cadastramento e pagamento da renda básica emergencial, Pedro Guimarães, presidente da Caixa, declarou que o processo será digital e “o comparecimento de beneficiários às agências só ocorrerá em último caso”.

Para a diretora da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf/CUT) e representante da entidade na Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), Fabiana Uehara Proscholdt, há procedimentos que terminarão ocorrendo nas unidades da Caixa. “Nossa avaliação é que irá aumentar a conglomeração de pessoas nas unidades, aumentando o risco de contágio”, enfatizou.

Segundo Fabiana, esse problema já vem ocorrendo em todo o país, mesmo com a adoção do atendimento presencial somente para serviços considerados essenciais, como cadastramento de senha numérica e pagamento de benefícios sem cartão, e o contingenciamento da entrada de clientes nas agências.

“Nossa principal preocupação é com a vida da população e dos trabalhadores. É preciso que o governo tenha essa preocupação também e reforce o distanciamento, orientando as pessoas a não irem às agências”, destacou.

A representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, Rita Serrano, também defendeu a ampliação das medidas de proteção aos bancários que estarão na linha de frente do atendimento. “Os empregados da Caixa continuam trabalhando em benefício da população brasileira, o que muito nos orgulha. Mas se não houver plenas garantias de saúde, segurança e condições de trabalho para os bancários e usuários esse atendimento ficará prejudicado. E mesmo sabendo que a Caixa tem possibilidade de fazer tudo sozinha, por sua expertise e qualidade de pessoal, defendo a partilha com outras instituições para esse pagamento, porque, do contrário, empregados e população ficarão demasiadamente expostos”, enfatiza Rita.

O coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), Dionísio Reis, aponta como saída para o problema o agendamento por telefone do atendimento presencial. “Provavelmente as agências terão grande aglomeração. Por isso, defendemos para dirimir as filas fazer atendimento em horários marcados com a população, seja do atendimento do auxílio emergencial ou do atendimento comum das agências. Assim, estaremos protegendo tanto os trabalhadores da Caixa quanto a população da contaminação do Covid-19”.

Ofício

Nesta terça-feira (7),  a Contraf/CUT encaminhou ofício à direção da Caixa e do Banco do Brasil, solicitando que, juntamente com o Governo Federal, emitam comunicados para esclarecer ao público em geral que o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda e a ampliação das linhas de crédito a empresas afetadas pela pandemia ainda não estão em vigor e que a presença das pessoas nas agências por conta de tais medidas, no momento, é inútil e coloca em risco a segurança e a saúde de todos.

A Contraf/CUT pede, ainda, que sejam suspensos os atendimentos nas agências do BB e da Caixa até a normalização e regulamentação da concessão das medidas citadas, limitando o atendimento presencial às situações emergenciais.

A entidade solicitou que os bancos discutam com o Comando Nacional dos Bancários a operacionalização dos atendimentos e cumprimento de tais medidas.

Fonte: Fenae.

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