Sindicato dos Bancários Sindicato dos Bancários
No último final de semana, dias 13 e 14, bancárias e bancários de Vitória da Conquista e Região representaram o SEEB/VCR na 24ª Conferência dos Bancários da Bahia e de Sergipe.
Ao todo, foram 18 participantes da base territorial – funcionários do Banco do Brasil, Caixa, Bradesco e Itaú, dos municípios de Conquista, Itapetinga, Brumado, Livramento de N. Senhora, Paramirim e Ituaçu – que tiveram a oportunidade de endossar as discussões, apresentando os problemas e a realidade das agências da região.
O evento, realizado pela Federação dos Bancários da Bahia e de Sergipe, reuniu representantes dos diversos sindicatos que compõem a entidade para debater e deliberar sobre as propostas interestaduais para a Campanha Nacional.
Este ano, o encontro trouxe o tema “Bancari@s junt@s para reconstruir o Brasil”. Entre os palestrantes, estava o secretário do Trabalho e Emprego da Bahia, Davidson Magalhães, que abordou a conjuntura de desigualdade social, fome, pobreza e concentração de renda, problemas que se agravaram no governo Bolsonaro.
A realidade econômica dos bancos e dos brasileiros também foram debatidos. A supervisora técnica do Dieese Bahia, Ana Georgina Dias, demonstrou com dados que os bancos têm condições de garantir um reajuste de salários e os direitos dos bancários, mas, segundo ela, a campanha salarial não será fácil. “A conjuntura econômica deste ano para a campanha dos bancários é, no mínimo, desafiadora. Temos uma economia extremamente desaquecida, ao mesmo tempo, uma aceleração da inflação, o desemprego em patamares elevados e mesmo as pessoas que estão ocupadas, tiveram perda de renda em termos reais. Ainda que os lucros dos bancos continuem se elevando bastante, a resistência que vem dos banqueiros sempre é muito grande. É preciso estar mobilizado, lutando para que as conquistas, que são tão importantes ao longo do tempo, se mantenham e que novos direitos sejam incorporados”, explica.
Sobre a pauta de reivindicações, a categoria deliberou como prioridades a reposição da inflação e 5% de aumento real nos salários; valorização do piso; reajuste diferenciado no vale alimentação e vale refeição; manutenção dos direitos; e proteção à saúde da categoria.
Entre os demais pontos da pauta estão um aumento maior na Participação nos Lucros e Resultados (PLR); organização do teletrabalho; saúde e condições de trabalho; terceirização; fim de metas abusivas que adoecem os trabalhadores; defesa dos bancos públicos e da democracia; defesa do crédito com juros baixos para impulsionar o crescimento econômico e distribuição de renda; realização de uma campanha de conscientização, prevenção e combate ao adoecimento psicológico da categoria; e a defesa do emprego.
A Conferência aprovou ainda o apoio a candidaturas que defendem os direitos, os bancos públicos e a pauta da classe trabalhadora. “A 24ª Conferência dos Bancários da Bahia e de Sergipe se realizou num clima de muita unidade. Penso que esse é o ponto de partida para enfrentarmos a Campanha Salarial deste ano, que será, obviamente, muito difícil. Não apenas no debate salarial, mas, principalmente, no debate eleitoral. Estamos vivendo um momento em que a democracia brasileira está sob ameaça. Fazer o enfrentamento em uma frente ampla para derrotar Bolsonaro – e no nosso caso, aprovamos o apoio ao candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva – vai ser fundamental. A unidade que vai fazer a força para conquistarmos mais uma vitória”, assegura Emanoel Souza de Jesus, secretário-geral da FEEB/BA-SE.
Para o presidente do Sindicato, Leonardo Viana, a Conferência conseguiu reunir pautas importantes para a categoria em diferentes âmbitos. “São reivindicações importantes em diversas áreas, como Saúde, Economia, Trabalho, além dos pleitos específicos por bancos. Agora é o momento de sistematizar essas propostas para poder contribuir com a construção da minuta que vai compor a Campanha Nacional dos Bancários. É importante que os colegas acompanhem o desenrolar das discussões, que serão transmitidas pelos canais digitais, para que a gente possa construir uma pauta robusta. Com a categoria mobilizada, vamos debater fortemente com os bancos a manutenção dos nossos direitos, o assédio moral, o home office, entre outros. Conclamamos todas as bancárias e bancários, para o enfrentamento por mais avanços”, considera.
