Após a tentativa frustrada de emplacar a volta da CPMF, o governo apresenta uma previsão de orçamento com um déficit de mais de 30 bilhões de reais. Para resolver um problema criado por ele mesmo, aumenta impostos, corta gastos em áreas essenciais e penaliza todos que são obrigados a utilizar os serviços públicos cada vez mais precarizados.
Enquanto temos de enfrentar os efeitos de uma crise provocada pela continuidade dos esquemas de corrupção montados nos governos anteriores, o governo atual não adota novas medidas como taxar as grandes fortunas, cobrar os devedores da Previdência, baixar a taxa de juros e financiar a economia interna. Ainda preferem manter mais de 300 bilhões de dólares investidos, principalmente, em títulos públicos dos EUA com um dos juros mais baixos do mundo.
Essas reservas internacionais tentam demonstrar para outros países que o Brasil possuiu liquidez. Manter essa reserva custou, só no ano passado, mais de US$ 24 bi com a emissão dos títulos e pagamento de comissão. Por essa imagem os brasileiros pagam caro: inflação, desemprego, redução de direitos e o corte nos investimentos.
Em vez de reduzir essas reservas e aplicar esse dinheiro onde realmente estamos necessitando, é jogado para todos de forma impiedosa o ônus dessa crise. Para reduzir os gastos públicos, suspende a contratação de novos servidores, mesmo com a deficiência dos quadros funcionais, a exemplo da CEF, BB, e outras instituições fundamentais para o desenvolvimento do Brasil.
Nossa Campanha Salarial já está em andamento, e os bancos públicos e privados precisam justificar toda a lucratividade obtida mesmo em tempos de crise, valorizando e atendendo às reivindicações da categoria. Nada a menos.