Em resposta ao Boletim enviado no dia 20 junho, pela Diretoria de Gestão de Pessoas do Banco do Brasil, é preciso esclarecer a realidade ao conjunto dos funcionários do banco. Apesar dos conselheiros serem representantes eleitos pelo funcionalismo, não possuem meios de atingir todos os bancários da forma que a direção do banco possui. Neste sentido, é importante que as informações abaixo sejam divulgadas.
Assinam o texto: Larissa Couto, bancária do Banco do Brasil, titular do Conselho de usuários da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil e vice-presidente do SEEB/VCR, e os eleitos pelo Conselho deliberativo e fiscal, Karen D´Ávila, Ronaldo Ferreira, Angelo Argondizzi e Leodete Cavalcante.
1) É preciso desmontar a campanha de chantagem que o banco faz em relação aos associados. Se a CASSI fosse inviabilizada, o BB responderia a milhares de ações judiciais seja pelos associados ou pelos prestadores. Teria que fazer um provisionamento bilionário no seu balanço para pagamento destas ações e a imagem do banco sofreria um prejuízo ainda maior. O fantasma da intervenção da ANS faz parte do cenário de medo que o BB tenta montar para aprovar sua proposta, mesmo a direção sabendo que o primeiro a ser responsabilizado é o patrocinador. Esta afirmação não foi feita por nós, mas pela própria consultoria contratada pelo banco em apresentação feita aos conselheiros da CASSI. Queremos a resolução do problema, mas não aceitaremos chantagens.
2) O responsável pela situação da CASSI é o Banco do Brasil. Sua política, dos últimos anos, de achatamento salarial com pagamentos indiretos através de PLR, vale alimentação e refeição, PDG, dentre outros, diminui as contribuições na CASSI e PREVI. Os planos de aposentadorias, as reestruturações com descomissionamentos, além da não realização de concursos e novas contratações, são os principais responsáveis pela redução do custeio no plano de associados. O ritmo de trabalho e o assédio moral aumentam o adoecimento da categoria, fazendo com que os custos de utilização do plano sejam elevados.
3) O banco tem sido responsável por grande parte dos problemas de gestão da CASSI, seja por uma descontinuidade administrativa causada pela troca dos indicados várias vezes, seja por problemas em suas próprias diretorias, como é o caso dos investimentos em TI. É vergonhoso o banco fazer propaganda para aprovar o “memorando de entendimentos” dizendo que resolveria a questão financeira da CASSI e depois de um ano afirmar que o dinheiro não era suficiente. Lembramos que foi afirmado que o memorando resolveria o problema da CASSI até 2019.
4) Sobre a resolução da CGPAR, temos que esclarecer que não possui força de lei, portanto não faz exigência legal sobre a alteração do estatuto da CASSI. Mesmo se fizesse, a previsão para adequação é de 48 meses, a partir de 18 de janeiro de 2018. Por ser um ato interno do poder executivo, não existe nenhuma garantia que o novo governo mantenha sua vigência, além de já haver projeto de decreto legislativo que anula suas ações.
5) A cogestão não onera a CASSI, ao contrário, garante que as decisões atendam aos interesses dos associados e do patrocinador. O banco tem propagado informações acerca das indecisões na governança da CASSI como problema para andamento da gestão, porém não informa os números do total de decisões que foram solucionadas e a quantidade que se manteve sem decisão. Exigimos que isso seja informado aos associados!
6) Ao defender a criação de duas novas diretorias a serem entregues ao mercado e instituir o voto de minerva para o patrocinador, a proposta do BB não tem interesse de resolver um problema de gestão, pelo contrário, pretende entregar todo o poder ao banco e enfraquecer o poder dos associados, acabando com a paridade.
7) Importante afirmar que a proposta rompe com princípios da CASSI, pois penaliza quem ganha os menores salários e aposentadorias. Estes pagarão um percentual maior do salário por dependente.
Diante disso, lamentamos a decisão do banco de não fazer um debate com o conjunto do funcionalismo e suas entidades sobre sua proposta. Não queremos monólogos de apresentações impostas em reuniões com gestores.
Na condição de representantes eleitos, vamos manter nossa luta pela manutenção da solidariedade, paridade e contrário ao voto de minerva.
Vem Pra Luta!
A Cassi é Nossa!