Em reunião ampliada, nesta quarta-feira, 13 de abril, em Brasília (DF), a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) fez uma avaliação do processo de reestruturação que está sendo implementado pela direção da Caixa Econômica Federal desde o dia 10 de março. Para as entidades, as medidas contribuem para o enfraquecimento da empresa e os trabalhadores devem estar mobilizados para defender a Caixa 100% pública e fomentadora do desenvolvimento social e econômico do país.
O encontro contou com a participação dos representantes dos Sindicatos dos Bancários do Espírito Santo e Maranhão. Os sindicatos dos Bancários de Bauru e do Rio Grande do Norte, também convidados pela CEE/Caixa, não compareceram.
Segundo as entidades sindicais, o clima nas unidades é de desmotivação e apreensão com a falta de informações sobre o impactato das medidas. “Observamos que há uma preocupação geral e que os empregados estão sofrendo com receio de extinção de unidades e pressão pelo cumprimento de metas. Isso gera o adoecimento dos trabalhadores e afeta também o atendimento à população”, avalia Fabiana Matheus, coordenadora da CEE/Caixa.
A diretora do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo, Rita Lima, também criticou a falta de transparência da Caixa. “ Se ocorrer essa eliminação de funções no Espírito Santo como a que vem se anunciando, caso se juntem as superintendências do Rio de Janeiro e Espírito Santo, será um Deus nos acuda. O problema que todos nós vemos é que não sabemos como essas mudanças vão ocorrer e nem como vai ser o modelo de representação. Todos se perguntam como essas medidas vão se processar”, ressalta ela.
Dionísio Reis, diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, expôs a necessidade de se ampliar o debate sobre os efeitos da reestruturação. “Precisamos observar que a reestruturação está vinculada a tentativa de desmonte de uma empresa pública e que por isso há de se barrar esse processo”.
Para a CEE/Caixa, é preciso fortalecer as ações nacionais dos empregados da Caixa contra a reestruturação implementada, de forma unilateral, pela diretoria do banco.
Negociação Permanente
A Comissão Executiva dos Empregados vai cobrar na reunião da mesa permanente, que acontece nesta quinta-feira (14), transparência por parte da Caixa e espera que haja um debate aprofundado sobre reestruturação. Outros pontos estarão em pauta: contratação, proposta de substituição do adiantamento odontológico, sistemática da promoção por mérito 2016, ampliação da licença paternidade, Sipon, Funcef, e denúncia de retirada de função de trabalhadoras grávidas.