As inconsistências contábeis em demonstrações financeiras reveladas pelas lojas Americanas, estimadas em cerca de R$ 43 bilhões, podem causar impacto negativo na PLR (Participação nos Lucros e Resultados) dos bancários. Por isso, causa preocupação na categoria.
Entre os credores da Americanas estão alguns dos maiores bancos do país. Se destacam Deutsche Bank (R$ 5,2 bilhões de crédito); Bradesco (R$ 4,5 bilhões); Santander Brasil (R$ 3,6 bilhões); BTG Pactual (R$ 3,5 bilhões); Votorantim (R$ 3,2 bilhões); Itaú (R$ 2,7 bilhões); Safra (R$ 2,5 bilhões); Banco do Brasil (R$ 1,3 bilhão) e Caixa (R$ 501 milhões).
Um dos principais impactos deve ser nos resultados financeiros dos bancos. Isso porque o atraso ou a falta de pagamento por parte das Americanas das dívidas vai levar as empresas a aumentarem as PDDs (Provisões para Devedores Duvidosos), o que afetará de forma negativa os lucros das organizações financeiras em questão.
De acordo com relatório da XP Investimentos, o impacto negativo pode ficar entre 20% e 30% no caso dos bancos mais expostos, como BTG, Santander e Bradesco e, de aproximadamente 10%, nos casos de Itaú e Banco do Brasil. Segundo o documento, os níveis de PDD dos cinco grandes bancos de capital aberto podem somar cerca de R$ 8 bilhões.
Os fatos acendem outro alerta. Há o risco de os bancos, na tentativa de recompor a lucratividade, reduzir ainda mais despesas administrativas e de pessoal, resultado em fechamento de agências e demissões.
Fonte: SBBA.