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Presidentes dos sindicatos discutem demandas dos bancos públicos

Durante a primeira reunião Conselho dos Presidentes dos sindicatos dos bancários da Bahia e Sergipe após quase dois anos, na sexta-feira passada (19/11), foram debatidas questões específicas dos bancos públicos.

Banco do Brasil
Em relação ao Banco do Brasil, a intenção é agendar reunião com a direção da empresa para cobrar sobre o início do pagamento das horas negativas decorrentes da pandemia. Outra questão abordada foi sobre os funcionários que ainda estão em home office, pois alguns gestores estão antecipando a terceira férias. A orientação para quem estiver nessa condição é que procure o sindicato para que a gente possa tentar resolver de forma administrativa.

Discutiram ainda as eleições corporativas – PREVI e Cassi e a luta pela implementação do acordo de teletrabalho. Além de mais contratações, tendo em vista a falta de funcionários nas agências, que resulta em excesso de trabalho para os trabalhadores nas unidades bancárias do BB.

Também falaram sobre a decisão tomada sobre a realização do Encontro Nacional de Saúde dos Funcionários do Banco do Brasil, que acontece neste sábado (27/11). Existe um consenso entre o conselho de presidentes pela busca da unidade em relação ao processo eleitoral

Caixa
Com a solução do Saúde Caixa, as principais pendências dos empregados do banco se refere às condições de trabalho. A proposta do novo modelo de gestão e custeio do plano de saúde dos trabalhadores da Caixa da Bahia e Sergipe, que manteve os princípios básicos – mutualismo, solidariedade e pacto intergeracional -, foi aprovada.

O assédio moral e cobrança de metas, além dos problemas de funcionamento dos sistemas e a GDP (Gestão de Desempenho de Pessoas) têm levado vários bancários ao adoecimento mental. Os presidentes ainda foram informados que a CEE (Comissão Executiva dos Empregados) busca a negociação com a Caixa para regulamentar o teletrabalho e os critérios para a promoção por mérito.

BNB
Os debates sobre o BNB giraram em torno da pandemia e informações sobre a vacinação dos funcionários e sobre o micro crédito do Banco do Nordeste. Infelizmente, ainda existem funcionários que não estão vacinados e cerca de 90 empregados estão em home office. O BNB informou que todos os empregados devem voltar ao trabalho presencial e que cerca de 50% desses que estão ainda em home office devem retornar até o final desse mês.

O banco também estuda e vai apresentar uma proposta de trabalho em home office. Mas, a proposta precisa ser negociada com a Comissão Nacional dos Empregados do BNB, que tem na sua composição representantes da FEEB BA-SE, do Sindicato da Bahia e do Sindicato de Sergipe e deve ser aprovada pelas entidades sindicais e pelos bnbneanos.

Ainda ventila a possibilidade de um concurso público, principalmente para área de tecnologia. Sobre mudança no plano de funções, os presidentes avaliam de forma negativa, pois para algumas comissões de 8 horas, que passarão para 6 horas, haverá redução de remuneração total para o bancário. Isto vai gerar perdas, embora o banco afirme que poderá manter pagamentos até 24 meses.

O BNB também informou que estuda a possibilidade de um novo PID (Programa de Incentivo ao Desligamento), mas que ainda não tem nenhuma proposta formalizada ou autorizada pelos órgãos superiores.

Sobre as gerências operacionais, que em várias unidades estão concentradas juntos aos gerentes administrativos, em que um mesmo funcionário acumulava as duas funções, a direção do BNB informou que em 29 deles, serão separadas as comissões. Ou seja, voltarão a ter um gerente para a área operacional e outro para a área administrativa da unidade. Ainda anunciou que retornou a realizar os descontos dos empréstimos dos trabalhadores que estavam suspensos, já nesse mês. A lista dessas unidades não foi apresentada.

Em decisão do governo Bolsonaro e da direção do banco, a parceria com o INEC (Instituto Nordeste Cidadania), ONG que cuidava do gerenciamento do microcrédito urbano no BNB (Crediamigo), não foi renovada sem explicações plausíveis ou técnicas. A atitude certamente vai trazer prejuízos à região, pois enfraquece o Crediamigo e o microcrédito no nordeste, pois pode ter problemas de continuidade das operações. Hoje, 87% do microcrédito no Nordeste é oferecido pelo BNB.

Fonte: FEEB/BA-SE.

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