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Prévia da inflação: Em junho, IPCA-15 atingiu 4,13% no ano e 8,13% em doze meses

Com altas da gasolina e energia, IPCA-15 do mês foi de 0,83%.

Com novas altas na gasolina, energia elétrica, transporte e habitação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial, subiu em 0,83% em junho e atingiu 4,13% no ano. Em 12 meses, o índice aumulado  foi de 8,13%.

De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (25), pelo menos uma região metropolitana, a de Fortaleza, já atinge inflação de dois dígitos (10,08%).

Região Peso Regional (%) Variação Mensal (%)  Variação Acumulada (%)
Abril Maio Junho Trimestre 12 meses
Porto Alegre 8,61 0,63 0,32 1,18 2,14 8,76
Salvador 7,19 0,58 0,37 1,14 2,10 7,66
Recife 4,71 0,48 0,65 1,08 2,23 9,10
Curitiba 8,09 0,88 0,44 1,00 2,34 9,85
Fortaleza 3,88 0,52 1,08 0,84 2,46 10,08
São Paulo 33,45 0,47 0,40 0,81 1,69 7,30
Belo Horizonte 10,04 0,57 0,49 0,74 1,81 8,93
Rio de Janeiro 9,77 0,83 0,40 0,69 1,93 6,80
Goiânia 4,96 0,49 0,60 0,61 1,71 9,19
Brasília 4,84 0,98 -0,18 0,44 1,24 7,41
Belém 4,46 0,39 0,83 0,29 1,52 8,51
Brasil 100,00 0,60 0,44 0,83 1,88 8,13 
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.

A gasolina e a energia elétrica respondem por mais de um terço da taxa registrada em junho. Cada uma contribuiu com 0,17 ponto percentual, os maiores impactos individuais.

O grupo habitação registrou aumento de 1,67%,  puxado pela energia elétrica por causa da mudança na bandeira tarifária de vermelha patamar 1 (R$ 4,169) para vermelha patamar 2 (R$ 6,243) – os  valores extras das bandeiras tarifárias são cobrados a cada 100 kWh consumidos.

Já no grupo transportes, o maior impacto (0,28 p.p.) no mês de junho, registrou alta de 1,35%, influenciado pela alta nos preços dos combustíveis (3,69%). Embora a gasolina (2,86%) tenha tido uma das menores altas do grupo dos transportes – comparada ao gás veicular (12,41%), ao etanol (9,12%) e ao óleo diesel (3,53%) – tem o maior peso e já acumula variação de 45,86% nos últimos 12 meses.

Alimentação e bebidas continuam subindo, mas de forma estável. Em junho, a alta foi de 0,41%, resultado próximo ao do IPCA-15 de maio (0,48%). A alimentação no domicílio passou de 0,50% em maio para 0,15% em junho.

Contribuíram para essa desaceleração os recuos nos preços das frutas (-6,44%), da batata-inglesa (-9,41%), da cebola (-10,32%) e do arroz (-1,91%). Por outro lado, as carnes (1,14%) seguem em alta. Além disso, os preços do leite longa vida (2,57%) e de alguns derivados como o queijo (1,99%) também subiram.

Na alimentação fora do domicílio (1,08%), o movimento foi inverso. Tanto a refeição (0,86%) quanto o lanche (1,67%) aceleraram em relação a maio, quando registraram inflação de 0,16% e 0,72%, respectivamente. As altas podem ser explicadas, em parte, pelos aumentos nos preços dos produtos de proteínas como carne e queijos, assim como pela alta de outros custos assim como transporte e energia.

O grupo saúde e cuidados pessoais (0,53%), por sua vez, apresentou variação menor que a do mês anterior (1,23%) e contribuiu com 0,07 p.p no índice geral.

Mais sobre o IPCA-15

O Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC) produz contínua e sistematicamente índices de preços ao consumidor. Com divulgação na internet iniciada em maio de 2000, o IPCA-15 difere do IPCA apenas no período de coleta, que abrange, em geral, do dia 16 do mês anterior ao 15 do mês de referência, e na abrangência geográfica.

Atualmente a população-objetivo do IPCA-15 abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, residentes em 11 áreas urbanas das regiões de abrangência do SNIPC, as quais são: regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e do município de Goiânia.

 

Fonte: CUT, com informações da Agência de Notícias do IBGE. 

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