O salário mínimo necessário para sustentar uma família de quatro pessoas, previsto na Constituição Federal, deveria ter sido de R$ 4.366,51 em fevereiro. O valor é 4,18 vezes o salário mínimo em vigor no mês passado, de R$ 1.045 —o valor do mínimo foi reajustado a partir de fevereiro. A estimativa é do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) e foi divulgada nesta quinta (5).
Em janeiro, quando o salário mínimo era de R$ 1.039, o salário necessário também correspondeu a 4,18 vezes o piso vigente, ou seja, R$ 4.347,61. Já em fevereiro de 2019, o valor foi de R$ 4.052,65, ou 4,06 vezes o salário em vigor na época, de R$ 998.
Mensalmente, o Dieese divulga uma estimativa de quanto deveria ser o salário mínimo para atender as necessidades básicas do trabalhador e de sua família, como estabelecido na Constituição: moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e Previdência Social. Esse valor é calculado com base na cesta básica mais cara entre 17 capitais pesquisadas.
No mês passado, o maior valor (da cesta) foi registrado em São Paulo (R$ 519,76), seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 505,55) e por Florianópolis (R$ 493,15). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 371,22) e Salvador (R$ 395,49).
Elevar o valor do salário mínimo é uma imposição constitucional que fortalece o mercado interno e estimula o crescimento do PIB. Todavia, o governo neofascista de Jair Bolsonaro decidiu acabar com a política de valorização do salário mínimo iniciada no governo Lula, inaugurando uma nova política de arrocho salarial à semelhança da ditadura militar. O restabelecimento da política de valorização dos salários é uma bandeira prioritária e unificada das centrais sindicais.
Fonte: CTB, com informações da Uol