As operações do Santander no Brasil geraram lucro líquido de 510 milhões de euros para o grupo espanhol no quarto trimestre de 2016. Com isso, o país voltou a dar a maior contribuição individual para o resultado da matriz, com participação de 21% no resultado geral, de 1,6 bilhão de euros.
O Reino Unido ficou em seguida, com lucro de 474 milhões de euros, ou 20% do total. No terceiro trimestre de 2016, as operações brasileira e britânica deram contribuição igual para o resultado do Santander.
De acordo com as demonstrações contábeis no padrão IFRS, o Santander Brasil gerou margem financeira líquida de 1,882 bilhão de euros nos três últimos meses do ano passado, com alta de 0,5% em relação ao terceiro trimestre.
As provisões para perdas com créditos foram de 953 milhões de euros, 0,2% superiores ao montante contabilizado nos três meses até o fim de setembro. O índice de inadimplência do banco no Brasil ficou em 5,9% no quarto trimestre de 2016, com base no balanço denominado em euros.
A carteira de crédito a clientes somava 75,474 bilhões de euros no encerramento de dezembro, incluindo a totalidade de saldos em balanço nesse conceito. O montante avançou 10,8% frente a setembro.
As demonstrações financeiras da matriz espanhola também informam que o retorno sobre o patrimônio líquido do Santander Brasil foi de 13,92% no quarto trimestre, estável na comparação com os três meses imediatamente anteriores.
O Santander Brasil fechou o ano com 46.728 funcionários, ante 49.520 no fim de 2015. Houve 12 fechamentos de agências em 2016, ficando em uma base de 3.431 unidades.
A cotação média do real ante o euro no ano passado foi de R$ 3,831, enquanto a taxa do último dia de 2016, que é referência para o balanço patrimonial, foi de R$ 3,431.
O Santander Brasil divulga amanhã suas demonstrações financeiras do quarto trimestre de 2016 no padrão contábil local.
A expectativa de analistas consultados pelo Valor é que a instituição financeira reporte um ganho de R$ 1,76 bilhão para o período de outubro a dezembro, ante R$ 1,61 bilhão em igual intervalo do ano passado.
Fonte: O Valor Econômico