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Santander capricha em demissões e rotatividade

Na semana passada, foram retomadas as negociações do Comitê de Relações Trabalhistas (CRT) do Santander em São Paulo. Na mesa, foi cobrado o atendimento de reivindicações pendentes de reuniões anteriores e de novas demandas dos funcionários do banco. A superintendente de Recursos Humanos do Santander, Fabiana Ribeiro, ouviu os trabalhadores, apresentou algumas respostas, agendou reuniões específicas e ficou de levar várias questões para análise no banco.

A situação do banco no Brasil não é nada favorável para o trabalhador. No período de 2012 a 2014, o Santander fechou 4.683 postos de trabalho, uma redução de 8,7%, segundo o Dieese. No ano passado, o corte foi de 312 vagas e o quadro de funcionários caiu para 49.309. Apesar do reajuste de 8,5% conquistado na Campanha Nacional 2014, as despesas de pessoal incluindo a PLR subiram apenas 2,01% entre 2013 e 2014. Houve também o fechamento de 61 agências e de 93 PABs em 2014, enquanto aumentaram os correspondentes bancários e cresceu 13,8% o total de clientes do banco. Com isso, a média de clientes por funcionário que era de 595 em 2013 subiu para 631 em 2014.

Os representantes dos funcionários denunciaram que a redução das despesas é resultado do corte de empregos e da política de rotatividade, criticando a sobrecarga de trabalho e o alto índice de adoecimento entre os funcionários, o que também prejudica a qualidade do serviço prestado aos clientes.

O banco se limitou a dizer que fez 700 admissões em janeiro e fevereiro deste ano, das quais 93% foram para a rede de agências. Também informou que o quadro atual é formado por 60% de mulheres, mas que estas só ocupam 37% dos cargos de liderança. Ainda falou que 85% dos funcionários possuem curso superior completo ou incompleto, que 20% são negros e que a idade média é de 35 anos, sendo que os dados completos serão apresentados e discutidos em reunião sobre igualdade de oportunidades, prevista na cláusula 34ª do acordo aditivo do Santander à convenção coletiva.

Com informações do Sindicato dos Bancários de BH e Região e Contraf

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