A diretoria do SEEB/VCR está mobilizando toda a base
Nos próximos dias 28 e 29, o Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região realiza a Assembleia Virtual específica com trabalhadoras e trabalhadores da Caixa Econômica para deliberar sobre aceitação ou não do Acordo Coletivo de Trabalho Aditivo sobre o Plano Saúde Caixa.
Para garantir que todas e todos compreendam o que está em jogo, a diretoria do Sindicato está realizando reuniões nas agências da CEF de sua base. Os diretores Leonardo Viana, Arnaldo Rocha, Sara Sodré, Alberto Rocha, Carlos Alberto Gonçalves e Paulo Barrocas estão se dividindo para conseguir apresentar a proposta que será votada.
Na segunda-feira (25) estiveram na agência 79, no centro de Conquista. Na terça-feira (26), pela manhã estiveram na agência Mongoiós e na cidade Poções, e pela tarde o diálogo foi com as na Vila Imperial. Já os diretores estiveram nas cidades de Paramirim, Livramento de Nossa Senhora e Brumado.
Dando continuidade ao calendário, hoje (27), a diretoria foi até as agências de Barra do Choça e em Conquista, nos bairros Candeias e Brasil. A agenda de mobilização continua até o fim da Assembleia.
“Apesar das ofensivas da Caixa, na tentativa de sucatear a assistência de saúde das funcionárias e funcionários, bem como dos familiares e dependentes, a mobilização do movimento sindical foi fundamental para construir essa proposta que preserva os princípios de solidariedade do plano, bem como a garantia da inclusão automática dos novos funcionários ao Saúde Caixa, corrigindo a exclusão promovida pela resolução CGPAR 23. A proposta construída na mesa de negociação é uma vitória para a categoria pois mantém o plano com os seus moldes de custeio e atendimento, evitando que bancários e bancárias da Caixa fossem jogados em planos que se assemelham aos modelos do mercado da saúde”, avalia Leonardo Viana, presidente do SEEB/VCR.
O que está em jogo?
Em setembro, a classe trabalhadora obteve a vitória com a derrubada da CGPAR 23, que tentava limitar a participação das estatais na contribuição dos planos de saúde. Ainda assim, a atual direção da CEF, neste governo de Jair Bolsonaro, insistiu em atacar o Saúde Caixa ao tentar estabelecer a cobrança de mensalidade por indivíduo e por faixa etária, que atualmente é efetuada por grupo familiar. Para piorar, existe ainda um esforço para impor um teto de coparticipação para cada participante.
O banco tentou distorcer informações para aprovar a todo custo um modelo de custeio que se assemelhava ao dos bancos privados e retirar a sua responsabilidade com o Saúde Caixa. No entanto, a organização das trabalhadoras e trabalhadores da Caixa, garantiu uma reunião dos representantes da categoria com o banco, onde houve a mediação de uma proposta. O documento que será levado às assembleias, que ocorre nesta semana, é a manutenção do modelo atual, com a cobrança de uma mensalidade a mais sobre o 13º salário para suplantar a necessidade de aumento da arrecadação em virtude do aumento da tabela de custos médicos.
Na mesa de negociação a representação dos trabalhadores insistiu na a extensão do benefício após a aposentadoria para os novos empregados, mas a Caixa alegou que a proposta travaria as negociações, sob alegação de novos estudos e cálculos de custeio que não foram considerados nos levantamentos realizados.
A proposta que será votada não é uma proposta do banco e nem dos trabalhadores, consiste em uma tentativa de assegurar a manutenção do plano em um momento crítico como este que está sendo atravessado no Brasil.