O dia 28 de abril foi instituído, mundialmente, como dia de atenção à saúde e segurança do trabalhador. A data estabelecida pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), como Dia Mundial da Segurança e da Saúde no Trabalho, foi ampliada no Brasil também com Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho. E os números mostram que, infelizmente, não são poucas.
No ano passado, foi divulgado um relatório da OIT, com informações relativas a 2013, apontando que dois milhões de pessoas morrem a cada ano devido a enfermidades relacionadas com o trabalho, e o Brasil aparece como quarto colocado na lista, com 2.503 óbitos. De acordo com o Tribunal Superior do Trabalho (TST), em média, 48 trabalhadores saem do mercado de trabalho por dia em função a acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais.
E a situação pode piorar ainda mais com a ampliação da terceirização no país. Segundo apontamento da CUT e do Dieese, de cada dez acidentes de trabalho registrados no Brasil, oito são em empresas terceirizadas. De cada cinco mortos por acidente de trabalho, quatro são terceirizados.
“Não temos o que comemorar no dia 28 de abril. Os acidentes aumentam mais e mais devido ao descaso dos empregadores em todo o mundo, focados sempre em lucros. Para os bancários, apesar de serem mais maquiadas, as precariedades das condições de trabalho são bem presentes. Mesmo com leis que estipulam medidas para o bem-estar e saúde na profissão, é grande o número de afastamento por doenças ocupacionais e transtornos psicológicos, inclusive na nossa base. É preciso que toda a sociedade repense a luta pela prevenção de acidentes e adoecimentos no trabalho e, neste momento, especialmente, com a precarização vinda com a terceirização”, ressalta a diretora de Saúde do SEEB/VCR, Maria Eneide.
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