A proteção à saúde nunca foi tão importante para os bancários. A decisão dos bancos de retomar o horário de funcionamento de antes da pandemia e de promover a volta em massa ao trabalho tem preocupado a categoria. Afinal, a pandemia não acabou e a vacinação continua lenta em alguns municípios, sem que tenha atingido o percentual da população necessário para diminuir a circulação do coronavírus.
O movimento sindical tem buscado negociar a volta ao presencial, reivindicando o retorno gradual das pessoas aos locais de trabalho e a manutenção em home office do pessoal do grupo de risco. As entidades cobram também a adoção de rígidos protocolos sanitários, que garantam a segurança de bancários e clientes.
Outra grande preocupação do movimento sindical é com o aumento do adoecimento mental na categoria. Um estudo do Dieese, que analisou os dados da Previdência Social, apontou os bancos como responsáveis por 15% dos afastamentos por causas mentais entre setores de atividade econômica, entre 2012 e 2017. A proporção aumenta para 16% se considerar os afastamentos por depressão.
A pandemia deve ter agravado ainda mais a situação. As denúncias de sobrecarga, assédio e pressão por metas aumentaram consideravelmente no período. Tudo porque os bancos continuaram demitindo e cobrando resultados absurdos durante a crise sanitária. Como consequência, os lucros aumentaram na mesma proporção do adoecimento dos trabalhadores do setor.
Fonte: FEEB/BaSe