Na última sexta-feira (25), movimentos sindicais, sociais e estudantis de Vitória da Conquista promoveram o ato “Ocupa Tudo – Rumo à Greve Geral”. A manifestação, que aconteceu na Central de Abastecimento Edmundo Flores, teve como objetivo conscientizar a população contra a PEC 55, a Reforma Trabalhista e Previdenciária, e o projeto de mudança do Ensino Médio.
Além do Sindicato dos Bancários, participaram do ato Adusb, Apub, Simmp, Sindlimp, Sindsaúde, Ocupa Uesb, Ocupa IFBA VCA, Ocupa Ufba, Ocupa Cetep, CFCAM, DCE Ufba, DCE Uesb, Unidade Classista, UJC, Levante Popular, Consulta Popular, Une e Frente Brasil Popular.
Os diretores aproveitaram a oportunidade para discursar e distribuir panfletos sobre os problemas decorrentes da reestruturação do Banco do Brasil e do fechamento da agência BB Régis Pacheco. “Este é um momento de somar forças contra as propostas de emenda à constituição que propõe o congelamento dos investimento públicos pelo período de 20 anos. Os ataques ao trabalhador vêm de forma agressiva, com uma possível reforma trabalhista e previdenciária, e a precarização da Saúde e Educação. Infelizmente as propostas apresentadas apenas prejudicam os trabalhadores, pois os nossos legisladores não raramente atuam em causa própria e a corda sempre rompe no lado mais fraco”, afirma Sarah Sodré, diretora Representante na Federação.
Seis meses de governo Temer
Nesta semana o governo Temer chega ao seu sexto mês com um saldo nada positivo: seis ministros já foram afastados por envolvimento em denúncias de corrupção, uso do cargo para benefícios próprios, entre outros. O ministro da Cultura, Marcelo Calero, pediu demissão ao acusar Geddel Vieira Lima de tentativa de tráfico de influência. Geddel acabou forçado a renunciar na última sexta (25).
Mesmo sobre protesto dos trabalhadores a PEC 55, elaborada por Temer e já aprovada no Congresso em outubro deste ano, começou a ser votada nesta terça-feira (29), em primeiro turno. Por se tratar de uma mudança na Constituição, a PEC precisa do apoio de pelo menos três quintos dos senadores (49 dos 81), nos dois turnos.
A “PEC da Maldade” propõe a fixação de limites para o crescimento dos gastos públicos, restringindo as despesas sempre à despesa do exercício anterior, com correção pela inflação também do ano pregresso. Caso promulgada, a medida afetará diretamente os investimentos em educação, saúde, infraestrutura, etc. entre 2017 e 2036.
Com receio das baixas na sua base de apoio que poderão acontecer com a homologação da delação premiada da Odebrecht o governo tenta aprovar, via balcão de trocas com os partidos, reformas que só interessam aos mais ricos.