Nesta semana, o ex-presidente do Banco Central, Gustavo Franco, anunciou em um evento público que a crise na Petrobrás abriu portas para a retomada das privatizações no País, e que o Banco do Brasil seria a estatal no momento pronta para a venda. Diante da conjuntura, em que o governo e seus aliados defendem o desmonte das estatais, o Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região convoca a categoria para a realização de uma mobilização em defesa dos bancos públicos.
A tentativa de privatização dos bancos não é novidade. No governo de Fernando Henrique Cardoso, chegou-se a cogitar a mudança do nome do Banco do Brasil para Banco Brasil, visando facilitar uma possível negociação. Já o governo Dilma foi responsável por defender a proposta de abertura do capital da Caixa Econômica Federal. Em ambos os casos, a mobilização da sociedade conseguiu barrar a venda das estatais.
Mesmo com o aumento da lucratividade do setor nos últimos anos, a realidade dos bancos públicos tem sido a implementação de planos de demissões voluntárias, falta de reposição de quadro, redução de agências e postos de trabalho, terceirização e crescimento do assédio moral nas cobranças pelo cumprimento de metas abusivas.
Para esclarecer e mobilizar a sociedade, o SEEB/VCR realiza um ato público em Vitória da Conquista, com panfletagem e utilização de carro de som, na segunda-feira (2), às 9h, na Praça Barão do Rio Branco. Na terça-feira (3), a mobilização acontece em Brumado. Já na quarta-feira (4), será a vez dos bancários de Itapetinga. Encerrando esse primeiro ciclo de atividades, na quinta-feira (5), a mobilização acontecerá em Poções.
Os bancários estão sendo convidados a se vestirem de preto em forma de protesto e repúdio ao governo Temer e suas medidas contra os trabalhadores.
Para a vice-presidente do Sindicato, Larissa Couto, a defesa das estatais cabe a toda sociedade. “Defender as empresas públicas é defender o patrimônio do povo brasileiro. Em meio a tantos ataques à classe trabalhadora, todo cidadão deve se unir às entidades representativas para combater qualquer proposta de privatização e entreguismo. Os bancários, não só de bancos públicos, devem juntos lutar para que as instituições financeiras cumpram seu papel social e não busquem apenas o lucro”, destaca.
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