Insatisfeitos, bancários do BNB mantêm a greve.
Os bancários do Banco do Nordeste continuam firmes na luta pela defesa dos seus direitos. A greve, encerrada nos bancos privados e demais bancos públicos, como o BB e a CEF, continua no BNB por tempo indeterminado, exceto em Pernambuco, onde os trabalhadores irão reavaliar a adesão .
A proposta feita pelo banco foi rejeitada, já que as cláusulas não atendem a nenhuma reivindicação da minuta específica enviada pelos bancários no início das negociações. O único ponto razoável proposto pelo BNB foi o do reajuste salarial, que não é específico e atende a todos os bancos.
Questões como aumento do quadro de pessoal, PLR, Vale Cultura e Ponto Eletrônico, foram propostas como melhorias aos bancários, mas não são conquistas deste ano, e sim do ano passado. O Banco do Nordeste só está propondo isso agora porque há ações na justiça. O SEEB/VCR tem todas as ações protocoladas.
Além das propostas insuficientes, o banco ainda recorreu a ameaças para que seus funcionários voltassem ao trabalho. Foi enviado um e-mail na última terça-feira (07), a todos os bancários, informando que o BNB entraria com o dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho. “Os bancários se sentiram ameaçados, tem gente que recebeu ligações para retornar às atividades. Já tivemos esse mesmo tipo de problema com o BB e o Bradesco e levamos a situação ao Ministério Público do Trabalho. Isso só mostra que o banco não se preocupa com os funcionários, tomando atitudes, às vezes, piores que as dos bancos privados. Isso não é atitude de banco público”, afirma o diretor de Assuntos Jurídicos e bancário do BNB, Rodrigo Maia.
A orientação dada pelo diretor é que os bancários continuem firmes na luta. “Se abaixarmos a cabeça, a repercussão será muito negativa para os próximos movimentos mostraremos que perdemos força, o que irá piorar o assédio”, ressalta Rodrigo.
Diante deste cenário, só haverá uma nova assembleia dos funcionários do BNB quando novas propostas forem apresentadas pelo banco.
No site você pode conferir uma entrevista sobre a greve do BNB, com o diretor Rodrigo Maia.