Home / Movimento Sindical / Servidores da Receita entram em greve por dois dias contra PEC Emergencial

Servidores da Receita entram em greve por dois dias contra PEC Emergencial

Sindicato da categoria diz que texto da PEC Emergencial retira verbas da Receita que podem comprometer o combate à sonegação, corrupção, lavagem de dinheiro, tráfico de armas e de drogas, entre outros crimes

Os servidores da Receita Federal entraram em greve nesta terça-feira (9) em protesto contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Nº 186, que entre outras maldades, desvincula recursos destinados ao órgão, impactando no trabalho de combate a crimes e ao atendimento da população. O Senado Federal aprovou em duas votações o texto. Para ir à sanção presidencial, a PEC precisa ser aprovada também em dois turnos pela Câmara Federal. O início da votação pelos deputados está marcado para esta quarta-feira (10).

Segundo o Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco) sem recursos haverá o fechamento de agências e delegacias em  todo o país, precarização do atendimento, da fiscalização, do controle do comércio exterior e do combate a crimes como sonegação, corrupção, lavagem de dinheiro, tráfico de armas e de drogas e no controle da Alfândega nas fronteiras, portos e aeroportos.

Durante a paralisação, na aduana, serão excepcionalizados cargas vivas, perecíveis, medicamentos, todos os insumos e equipamentos relacionados ao combate à pandemia. Não haverá alteração na ala de passageiros. Segundo o Sindifisco, todas as atividades serão afetadas, com graves e profundos prejuízos ao Estado e à sociedade.

O protesto, com duração de dois dias, em todos os departamentos do órgão, com direta repercussão em serviços estratégicos para a economia do país, é também um chamamento do Sindifisco para a cúpula da Receita Federal se posicionar e ver até onde vai seu comprometimento com a sobrevivência do órgão.

Os auditores-fiscais afirmam que o jabuti (tema alheio ao propósito central da PEC nº 186 )  que desvincula recursos para a administração tributária, foi um ato de agressão contra o Estado brasileiro.

Para o presidente Sindifisco, Kleber Cabral, a desvinculação de recursos ameaça não apenas a Receita Federal, que arrecada dois terços dos tributos do país, como também os Fiscos estaduais e municipais, na contramão do discurso de equilíbrio fiscal que supostamente se almejava com a PEC 186.

A máquina arrecadatória, que faz o Estado e o país funcionarem, e provém recursos para as áreas de saúde, educação, segurança, moradia, pesquisa científica etc, corre o risco de colapsar num futuro breve com essa proposição que segue agora para a Câmara dos Deputados em rito de emergência.

Em nota, o Sindifisco diz que a “mobilização não será pontual e vai continuar até que a Receita Federal seja respeitada e que as discussões em torno de tema tão sensível e impactante para o país não seja feita de forma subterrânea, como está acontecendo no Congresso, com o Legislativo desrespeitando protocolos republicanos, sem respeitar prazos, pulando comissões, “tratorando” a sociedade civil organizada, impedida de se manifestar fisicamente por causa da pandemia”.

Fonte: Cut

Veja Mais!

21 de setembro, Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência

Categoria bancária comemora data junto com avanços na CCT: abono de ausência aos trabalhadores PcD …