O Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região conseguiu cancelar, na última sexta-feira (6), mais uma demissão irregular do Bradesco.
Neste caso, que infelizmente não é uma exceção, a funcionária foi desligada mesmo possuindo laudo médico de doença ocupacional e constatação de incapacidade laborativa pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
De posse da documentação, SEEB/VCR entrou em contato com o setor intersindical do banco pleiteando a imediata restituição da bancária ao quadro, sem que fosse necessário acionar o setor Jurídico.
O Bradesco acumula 109 demissões nos últimos seis anos, o que equivale a 35% dos cortes na região neste período. Somente em 2019, já aconteceram 20 casos, entre desligamento sem justa causa e Plano de Demissão Voluntária (PDV), e ao que tudo indica, as vagas não serão preenchidas novamente.
Apesar dos cortes, o lucro só cresce. De janeiro a setembro de 2019 o Bradesco lucrou R$ 19,2 bilhões, um crescimento de 22,3%, em relação ao mesmo período de 2018. Somente com a receita de prestação de serviços e tarifas bancárias – que cresceu 6,8% – o banco acumulou R$ 19,8 bilhões, montante suficiente para pagar todas as despesas com funcionários e ainda sobram R$ 3,6 bilhões.
“Não podemos permitir que essas decisões arbitrárias sejam tomadas livremente. O papel primordial do Sindicato é defender os direitos da categoria, e foi nesse sentido que buscamos o contato com o setor intersindical para reverter a demissão irregular praticada pelo banco. O Bradesco lucra cada vez mais e continua com a política de cortes de funcionários, o que é um absurdo”, afirma Giovania Souto, diretora de Assuntos de Saúde e Qualidade de Vida do Trabalhador.
Errata: na versão impressa da matéria, onde está escrito “Somente em 2020, já aconteceram 20 casos”, a informação se refere ao ano de 2019.