As diretoras do SEEB/VCR Sarah Sodré, Sarah Gomes, Camille Correia e o diretor Carlos Augusto, junto com a diretora da federação Vanessa Bianca e as delegadas sindicais Camila Gomes (BB) e Juliana Vieira (BNB), estiverem representando a base sindical de Conquista e regiao no 6º encontro das Bancárias da Bahia e Sergipe. O evento ocorreu no sábado (25), no Hotel Portobello, em Salvador.
Com o tema: “Unidas em defesa dos direitos, da igualdade e contra o assédio!”, o Encontro tem o objetivo de debater os temas de interesse das bancárias, como os direitos específicos das mulheres previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, as formas de ter acesso a esses direitos, os instrumentos de proteção e combate ao assédio, além das cláusulas de garantia de igualdade de direitos e oportunidades no trabalho.
Camille Correia, diretora de gênero, discursou durante o evento: ”Vivemos, dentro do sistema financeiro no sistema capitalista, uma estrutura que busca nos nivelar sob o falso pretexto da meritocracia, como se esta estivesse intrinsicamente relacionada a algum senso de justiça, o que sabemos não corresponder a realidade. Nesse contexto de busca de equidade, o movimento feminista realmente cresce com a luta das mulheres pelo acesso ao trabalho, mas essa é uma perspectiva limitada, pois as mulheres negras sempre trabalharam fora de casa e, inicialmente, a luta delas já tinha começado muito antes, buscando a formalização e a igualdade no ambiente de trabalho. Para finalizar minha fala, gostaria de citar Aleksandra Kollontai, em seu livro “As Relações Sexuais e a Luta de Classe”: “A história da luta das trabalhadoras por melhores condições de trabalho, por uma vida tolerável, é a história da luta do proletariado por sua libertação”. Portanto, continuemos a ser raivosas, insuportáveis, problematizadoras, sensíveis demais e, acima de tudo, mulheres”.
Além disso, durante o evento, muito se foi debatido sobre o assédio moral. Sarah Sodré, vice-presidente do SEEB/VCR, aborda a importância de se reconhecer esse tipo de violência, que tanto acontece com as mulheres dentro do setor bancário: ”É sempre importante falar sobre o assédio e suas diversas formas de manifestação, para que saibamos criar provas e nos defendermos de nossos algozes . A sororidade é a principal arma de acolhimento e defesa. É crucial destacar que a exposição constante de trabalhadoras e trabalhadores a situações humilhantes e constrangedoras, palavras desrespeitosas, disseminação de rumores ou boatos ofensivos, ironização de opiniões e a retirada injustificada de cargos e funções são apenas alguns sinais de comportamentos que se enquadram como assédio moral. Por isso, nós mulheres precisamos nos unir para denuciar e o sindicato disponibiliza um ambiente com suporte e acolhedor para aqueles que precisam de ajuda. O telefone para contato é : (77) 3424-1620”.
Além disso, é importante estar ciente de alguns números de contato em casos de violência doméstica e familiar: em situações de urgência ou emergência, acione a Polícia Militar pelo número 190; para apoio à mulher em situação de violência, o Disque 180 é uma central de atendimento especializada.