Reeleito como presidente da Federação dos Bancários dos Estados da Bahia e Sergipe para o triênio 2015/2018, Emanoel Souza fala sobre o 13º Congresso da FEEB-BA/SE e das expectativas para o novo mandato da diretoria.
Qual o objetivo desse encontro entre bancários da Bahia e de Sergipe? Este é um Congresso eleitoral, responsável por definir os rumos gerais da Federação no próximo triênio e eleger um conselho diretivo. Sempre é muito importante para mobilizarmos os bancários neste final de ano, com esta perspectiva de alcançarmos avanços para a categoria.
Quais foram as pautas principais discutidas durante este Congresso? Definimos a plataforma de atuação da Federação nos próximos três anos, dando destaque nos debates à juventude bancária. Discutimos ainda a necessidade de avançarmos na comunicação. A nossa realidade exige essa aceleração na produção e no uso das ferramentas de comunicação entre os sindicatos e a Federação. Outro ponto em que precisamos avançar é na formação sindical. Não apenas para os dirigentes, mas para os delegados sindicais e para a categoria de uma maneira geral, já que debater ideias é o foco da nossa gestão e sentimos a necessidade de uma atuação institucional ainda maior na Federação, com maior protagonismo em todas as cidades em que atuamos.
Então, quais são as perspectivas para este novo triênio de mandato? Como sempre, muita luta. Temos a clareza de entender que ter sido eleito um Congresso Nacional bastante conservador e bastante vinculado aos interesses patronais, nos exige maior atenção para nos defender dos ataques que podem acontecer a nós, como trabalhadores. Precisamos nos organizar, nos fortalecer com a intenção de provocar os políticos quanto à reforma política, que acabe com a influência do capital e dos grandes empresários no processo eleitoral. A democratização da comunicação, o fim da terceirização e do fator previdenciário, a valorização da mulher no mercado de trabalho, a reestruturação da tabela do imposto de renda são bandeiras que devemos manter levantadas.
Sobre a eleição para o sistema diretivo da Federação, como é percebida a chegada de novos bancários à chapa? Tivemos uma política de juventude que realizou três encontros interestaduais Bahia e Sergipe. Temos muito orgulho em ver vários desses jovens assumindo cargos em diretorias dos sindicatos e, agora, na Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe. A criação da Diretoria de Juventude no nosso 12º Congresso vem mostrando que é absolutamente acertada. É preciso que o movimento sindical tenha um olhar voltado à incorporação dos jovens trabalhadores nas causas da categoria.
Entre os novos compromissos assumidos pela chapa eleita, há ações da Federação voltadas para as cidades do interior?
Desde o Congresso anterior, temos buscado realizar encontros regionais, realizar as atividades da Federação fora de Salvador, na tentativa de trazer mais bancários dos sindicatos do interior da Bahia e de Sergipe para o envolvimento com as ações que desenvolvemos. É importante estarmos presentes, já que o papel dos sindicatos dos bancários tem valor para toda a sociedade, seja na capital ou no interior.