A ocultação de fortunas e a evasão fiscal afetam a arrecadação no Brasil e dificulta o desenvolvimento e a redução das desigualdades sociais. Uma das formas de promover justiça é tributar os super-ricos por meio da taxação dos fundos exclusivos, offshores e trusts. Para se ter ideia, apenas 2,5 mil brasileiros têm R$ 756,8 bilhões em aplicações nas modalidades.
Por isso, todos os olhares estão voltados para a Câmara dos Deputados nesta semana. Os parlamentares devem votar a proposta de taxação dos super-ricos nos próximos dias. Caso seja aprovada, a medida, que tramita em regime de urgência, vai gerar arrecadação de R$ 54 bilhões até 2026, sendo R$ 20 bilhões já no próximo ano.
Os recursos são fundamentais para promover justiça social, já que possibilitam investimentos em educação, saúde, cultura e segurança pública. Vale lembrar que os fundos exclusivos, que atualmente pagam imposto de renda apenas no momento do resgate e com tabela regressiva, passariam a ter cobrança semestral de IR.
A medida tem objetivo de acabar com a evasão fiscal e garantir tributação mais justa. No entanto, a proposta tem encontrado resistência por parte de alguns setores, principalmente da bancada ultraconservadora da extrema direita e da direita.
Fonte: SBBA.