A aprovação, pela Câmara dos Deputados do Projeto de Lei que libera a terceirização sem restrições em todas as atividades, revela como os políticos que, em sua imensa maioria, são eleitos através do famoso caixa dois, realizado com doações dos grandes empresários. Agora os financiadores cobram a aprovação das desregulamentações das leis trabalhistas, com o único objetivo de tornar legal o processo de escravização já existente entre os trabalhadores terceirizados.
Os ataques aos direitos trabalhistas, à seguridade social e às leis que regulamentam as relações de trabalho foram promovidos por presidentes da República, do Senado e da Câmara Federal denunciados em vários esquemas de corrupção. Tais propostas, se forem aprovadas e sancionadas, influenciarão diretamente no futuro de toda classe trabalhadora brasileira, mudando significativamente as relações construídas entre Estado e cidadãos após anos de lutas.
Com a qualidade da atuação dos políticos que ocupam os cargos de representantes do povo, sem projetos que verdadeiramente contribuam para o desenvolvimento social e econômico do país e custando aos cofres públicos valores exorbitantes – que não refletem o trabalho produzido -, talvez fosse este o único setor que pudesse ser terceirizado no Brasil. Talvez devêssemos contratar os políticos da Dinamarca, da Noruega ou de outros países que tenham os índices de IDH entre os primeiros do mundo, políticos que possuam salários e benefícios parecidos com os demais trabalhadores e em que a ética e a honestidade sejam regras, e não exceções, como acontece em nosso país. Mas, por enquanto, temos que ocupar as ruas e construir uma greve geral para impedir esses ataques continuem.
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