O projeto do governo Bolsonaro que visa pôr um fim à aposentadoria social do Brasil, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, voltou a tramitar na Câmara dos Deputados na última semana.
Ao mesmo tempo, o governo está gastando R$ 40 milhões em propaganda – inclusive com a participação dos comunicadores Ratinho, Rodrigo Faro, Datena, Ana Hickmann, Luciana Gimenez, Milton Neves e Renata Alves -, criando uma verdadeira blitzkrieg contra os trabalhadores em todas as grandes redes de televisão, com exceção da Globo.
Em resposta, os trabalhadores organizados de todo país realizam nesta quarta-feira (15), o Dia Nacional Contra a Reforma da Previdência e em Defesa da Educação Pública. O ato tem como objetivo alertar a sociedade sobre os sérios danos que o desmonte da Previdência Social irá causar aos trabalhadores, em especial a camada mais fragilizada da população.
A manifestação também expressará o apoio aos profissionais da educação pública, que já estão sendo diretamente atingidos pelos cortes anunciados para o Ministério da Educação (MEC). O governo já bloqueou R$ 5,7 bilhões, comprometendo o desenvolvimento desde a educação básica até as universidades, mas deve ampliar o contingenciamento total para R$ 7,4 bilhões.
Nesta quarta, acontece ainda na Câmara de Vereadores de Conquista a palestra “Reforma da Previdência e seus efeitos danosos”, ministrada por Edmilson Blohem, do Sindsefaz, para debater os riscos da PEC.
“Neste momento, onde existe o risco de prejuízos reais e imediatos aos trabalhadores, com o fim de benefícios nos afastamentos por doenças, garantia das aposentadorias e do caráter social da Previdência – somado às mudanças das Normas Regulamentadoras, que descaracterizarão as LER/Dort, tão comuns à categoria -, os bancários devem lutar contra esta reforma previdenciária, participando ativamente de todas as mobilizações nesse sentido”, afirma Sarah Sodré, diretora de Assuntos Jurídicos.