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Uma história de luta e resistência

Unidade, organização e mobilização da categoria são fundamentais para a conquista e manutenção dos direitos.

No dia 28 de agosto a categoria bancária celebra sua luta. As conquistas alcançadas até hoje são frutos da resistência construída ao longo dos anos.

Desde o início do século XX, bancárias e bancários se destacam na história das lutas sociais no Brasil. Na década de 1910, foram os pioneiros na mobilização de trabalhadores, na organização de entidades sindicais e nas greves.

Em 1951, trabalhadores e trabalhadoras dos bancos enfrentaram 69 dias de paralisação reivindicando o reajuste de 40%, salário mínimo profissional e adicional por tempo de serviço. A greve foi duramente reprimida, com prisões e espancamento de grevistas organizados por agentes do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS). Por todo o país, a imprensa se colocava contra os grevistas e manipulava informações, mas, a categoria resistiu em São Paulo e conquistou um reajuste salarial de 31%. A conquista foi para todas e todos os trabalhadores do setor, pois nesse mesmo período foi pautada a unificação nacional da categoria.

A partir de seus primeiros passos, ficou claro para bancárias e bancários que a unidade da luta é fundamental. A primeira conquista marcante foi a jornada de seis horas, em 1939. Em seguida, foi a garantia do recebimento de hora extra (1957), auxílio-creche (1981), vale-refeição (1990) e vale-alimentação (1994).

A categoria bancária foi a primeira a conquistar a Participação nos Lucros e Rendimentos (PLR), no ano de 1995. Em 1997, a greve unificada alcançou a complementação salarial por doença ou acidente de trabalho, a criação das comissões permanentes de saúde, raça, gênero e orientação sexual. No ano seguinte foi conquistado o Programa de Prevenção, Tratamento e Readaptação de LER/DORT. A partir de 2004, os bancários obtiveram o aumento real nos salários. Em 2009, as bancárias passaram a ter o direito a 180 dias de licença-maternidade, com extensão do direito para casais homoafetivos, e, em 2016 a licença-maternidade aumentou para 20 dias.

Em uma luta ampla com outras categorias, criou-se o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), que surgiu para municiar os trabalhadores com informações confiáveis.

No atual cenário, em uma conjuntura devastadora e com a digitalização do mundo do trabalho, a categoria tem denunciado, cobrado mudanças e convocado a população a se juntar na luta em defesa de um país mais justo.

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