Depois da entrega da pauta de reivindicações da categoria bancária à Fenaban e iniciada as primeiras rodadas de negociações, a mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras será o que vai definir o nosso futuro.
São mais de dois anos convivendo com a pandemia do Coronavírus, que, tratada com descaso e com o negacionismo pelo governo federal, já ceifou a vida de mais de 670.000 pessoas e continua impactando diretamente a rotina de todos. Fomos obrigados a adaptar nossas formas de laborar, a negociar novas condições para o trabalho remoto e a suportar a sobrecarga provocada pela falta de funcionários e pela demanda no atendimento classificado como serviço prioritário, mas sem as condições dignas e seguras para os trabalhadores do setor bancário.
Com o fim do acordo coletivo e sem a ultratividade, os banqueiros e o governo federal, como sempre, ameaçam reduzir direitos históricos que foram conquistados ao longo dos anos, com muita luta e mobilização.
Em um cenário onde a inflação corrói os nossos salários e o alto custo dos itens básicos de sobrevivência – aliado ao desemprego e a falta de distribuição de renda, que coloca milhões de pessoas na pobreza -, não podemos deixar de lutar na perspectiva de transformar esta realidade.
As ameaças feitas pelo presidente da República contra a democracia em oposição ao direito do povo de escolher mudanças de rumo para o país que traga respeito e dignidade para todos, é mais um combate que temos que travar diariamente.
Pelo fim das demissões e contratação de mais funcionários, pela não abertura dos bancos nos finais de semana e feriados, pelo fim do sucateamento e pelo fortalecimento dos bancos públicos, e por aumento real de salários. Por estes e outros direitos é a que a categoria bancária, em todo país, está na luta mais uma vez.