Home / Antiga / Classe trabalhadora avança rumo à Greve Geral

Classe trabalhadora avança rumo à Greve Geral

""
Na última sexta-feira (31), as ruas de Vitória da Conquista ficaram repletas de manifestantes em protesto aos desmandos do governo. O Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região formou unidade com outros sindicatos, movimentos sociais e juventude da cidade, componentes do Fórum Sindical Popular, se colocando contra os ataques aos direitos dos trabalhadores. A mobilização fez parte de um movimento nacional com a pauta unificada de denúncia e resistência às reformas da Previdência e trabalhista e a Lei da Terceirização, sancionada pelo presidente no dia 31.
A participação da categoria bancária, com a paralisação das agências até as 12h em Conquista, foi deliberada em assembleia realizada no dia anterior ao ato. Trabalhadores de vários bancos estiveram presentes fortalecendo o movimento e as unidades do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal permaneceram fechadas durante a manhã. “É preciso ter em mente que todo esse pacote de maldades oferecido pelo governo afeta a todos os trabalhadores, inclusive seus filhos e netos. A reforma da Previdência, por exemplo, se for aprovada, vai afetar várias gerações, e precisamos aderir a este movimento contrário e esquecer que um dia parado será descontado da nossa remuneração. Um dia de nosso salário pode representar uma vitória para várias gerações”, ressalta Cledson Malta, bancário da CEF.
Os sindicatos, além da defesa de sua categoria, devem compor a unidade com os demais movimentos, para fortalecer as mobilizações neste momento de acirramento da luta de classes. “Na conjuntura atual de ataques aos direitos da classe trabalhadora, que atingem todas as categorias, vindos das esferas federal, estadual e municipal, é muito importante a unidade em torno de ações que visem a defesa desses direitos”, destaca Sérgio Barroso, presidente da Associação dos Docentes da UESB (Adusb).

Greve geral: uma resposta à investida do Capital
Mundialmente é possível ver trabalhadores unidos em ações contra políticas que visam piorar a condição de vida. Ano passado na França, durante a Eurocopa, os principais setores de produção do país foram paralisados, incluindo portos e ferrovias. Este ano, os argentinos realizaram a primeira Greve Geral contra o governo Macri, que coloca em sua agenda o objetivo de fortalecer o capital a qualquer custo.
No Brasil, os bancos expandem seus lucros enquanto os direitos trabalhistas estão sendo atacados pelo governo que serve aos interesses dos banqueiros. Apenas a ampla participação da sociedade, tencionando as relações de trabalho, será capaz de alterar esse cenário. Em unidade, as centrais sindicais aprovaram para o dia 28 de abril a Greve Geral no Brasil para barrar o avanço das políticas de retrocessos do governo Temer. Neste contexto a vice-presidente do SEEB/VCR, Larissa Couto, convoca todos os colegas para aderirem a paralisação no dia 28. “Queremos ver todos os trabalhadores unidos contra os ataques projetados. Só é possível construir a unidade com a mobilização de toda a sociedade e nós, bancários, temos o papel de ser vanguarda contra a exploração do capital. Por isso, convocamos toda a categoria para a Greve Geral protestando contra as propostas de reformas e contra o governo golpista”, conclui.
""

Veja Mais!

Violência contra mulher é física e social

" Só alcançaremos mudanças sociais com a participação ativa das mulheres "