A reestruturação dos bancos públicos tornou a rotina bancária um caos para sociedade e trabalhadores. Modelos de gestões privadas vêm sendo implantadas nestas instituições, que, consequentemente, abandonam suas funções de promover o desenvolvimento do país e a responsabilidade com seu funcionalismo.
O fechamento de agências, descomissionamentos e as demissões atingiram 9,4 mil bancários no BB em todo o país. Em Conquista, o banco cortou 39 postos de trabalho, fechou a agência Régis Pacheco e transformou a da Barão do Rio Branco em PAA. Falta de respeito com clientes e crueldade com trabalhadores que foram abarrotados com acúmulo de funções e tarefas.
Em Itapetinga, o banco extinguiu um cargo de caixa em uma agências que, além de dar conta do atendimento à população local, passou a receber clientes de municípios vizinhos – Itarantim, Maiquinique e Potiraguá – que foram alvos de ataques criminosos. Em outras agências da base do SEEB/VCR, bancários também tiveram cortes de funções ou foram colocados como excedentes.
Na Caixa, a situação deve piorar com a previsão do fechamento de 120 agências e os desligamentos realizados através do Plano de Demissão Voluntária. O banco, que já funciona com déficit no quadro, quer desligar cerca de 10 mil funcionários e não realizar novas contratações. A situação de trabalho nas agências se torna ainda mais crítica devido aos saques de contas inativas de FGTS.
A realidade não muda no BNB. Como parte da “reestruturação” do banco que previa a desativação de 19 agências pelo país, Vitória da Conquista perdeu a unidade do Bairro Brasil, prejudicando clientes, funcionários e a economia local.
“A precarização do atendimento dos bancos públicos faz parte de um pacote de maldades com a finalidade de diminuir a participação estatal no intuito de privatizá-los. Bancários e clientes devem estar atentos e lutar contra esse processo de desestruturação das empresas públicas”, alerta a vice-presidente do SEEB/VCR, Larissa Couto.
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