Santander precariza serviço em Vitória da Conquista

O Santander, maior banco estrangeiro no Brasil, informou na última sexta-feira (28) que seu lucro líquido no segundo trimestre somou R$ 1,879 bilhão, alta de 3% sobre janeiro a março e de 39,5% contra o mesmo período do ano passado. Em contradição a este cenário, o banco segue com as demissões e cobranças abusivas de metas para os seus funcionários, comprometendo a qualidade dos serviços prestados aos usuários.
Em Vitória da Conquista, o banco assumiu a folha de pagamento da Prefeitura Municipal sem realizar investimentos para atender a demanda. Só após uma sequência de denúncias do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região, no ano passado, foi inaugurado na cidade o Posto de Atendimento Bancário (PAB), para dividir as demandas com a agência. Apesar de montar uma estrutura de atendimento, ao invés de mais contratações, o banco demitiu neste ano três funcionárias, tornando as condições de trabalho impossíveis. O PAB está funcionando com apenas dois funcionários, ficando somente um bancário durante o horário de almoço, dificultando até mesmo a ida ao banheiro. Mesmo com as filas, o posto normalmente funciona com apenas uma pessoa no caixa e outra no atendimento desde as demissões.
Embora tenha sido feito o anúncio de um aumento de quase 40% o seu lucro, o banco demonstra pouco se importar com a situação dos serviços prestados no país em que apresenta sua mais alta lucratividade. “A precarização do trabalho no Santander está cada vez mais grave. Após o desligamento de alguns, por não ter havido recomposição do quadro, a sobrecarga de trabalho ficou ainda maior para os funcionários que permaneceram, principalmente no PAB. Os clientes estão fazendo queixas recorrentes sobre a demora para atendimento e o banco se recusa a reconhecer a necessidade de contratação, argumentando que o problema é momentâneo, se apegando sempre na saída de algum funcionário para férias”, aponta Wolney Soares, diretor do SEEB/VCR.