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Bahia é o segundo estado que mais mata LGBT no país

Relatório do Grupo Gay da Bahia (GGB), com dados de 2016, mostra que a Bahia é o segundo estado do país que mais mata pessoas LGBT por motivações homofóbicas. O primeiro é São Paulo. Somente a capital, Salvador, registou mais de 600 atendimentos em um ano de funcionamento do Centro de Referência para essas pessoas.

Em 2017, até o início de maio, 117 pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBT) foram assassinadas no Brasil devido à discriminação à orientação sexual, segundo o GGB. Na Bahia, neste período, houve 23 casos registrados. “Não há uma lei que criminalize a homofobia no país, que faça com que as pessoas abram os olhos e desaprovem isso. A impunidade fortalece a violência diária. O criminoso mata hoje e com um habeas corpus é liberado. Isso institui a banalização, porque a cada 25 horas um homossexual é assassinado no Brasil, a cada dia uma família é dilacerada pela morte de filhos LGBT”, afirma o militante LGBT e membro honorário do GGB, Genilson Coutinho.

Até então, 2016 havia sido considerado como o mais violento desde 1970 contra pessoas LGBTs, segundo a entidade. Das 343 pessoas foram mortas em todo o Brasil, 32 delas foram na Bahia. O estado baiano só perdeu para São Paulo, que no ano passado contabilizou 49 homicídios. Rio de Janeiro (30 mortes) e Amazonas (28 mortes) também figuram entre os estados com maior número de crimes. Dos 343 assassinatos, 173 eram gays, 144 trans (travestis e transexuais), 10 lésbicas, 4 bissexuais e 12 heterossexuais (parentes ou conhecidos de LGBTs que foram assassinados por algum envolvimento com eles).

Na 16ª Parada do Orgulho LGBT da Bahia, em Salvador, ocorrida no último domingo, uma faixa branca passou a ser estampada na bandeira do arco-íris, adotada pela comunidade de LGBT como símbolo de representação da diversidade, como uma forma de protestar pela paz e contra a violência contra os LGBTs.

Com informações da EBC – Agência Brasil e do portal G1 Bahia.

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