O presidente Michel Temer mudou a estratégia para angariar votos pela reforma da Previdência: pediu a Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), líder do governo na Câmara, e André Moura (PSC-SE), líder do governo no Congresso, que levantem um mapa com o nome de deputado a deputado – e não mais apenas o número de votos – que dizem apoiar ou não as mudanças nas regras de aposentadoria.
A sugestão foi dada a Temer na semana passada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Nesta segunda-feira (11), o presidente da República ficou de chamar os líderes do governo para fazer uma reavaliação de apoio para a reforma.
Segundo líderes do governo, os números que estão sendo entregues ao Planalto não correspondem ao placar real de votos a favor da reforma da Previdência. Por isso, para evitar a “contabilidade criativa”, Temer quer fazer um pente-fino no perfil de cada parlamentar e chamá-los para conversar.
Nos bastidores, governistas admitem que a votação pode ficar para o início de fevereiro. O assunto foi tratado entre aliados de Temer no final de semana.
Quem defende esta estratégia afirma que o governo teria janeiro inteiro para organizar os pedidos de parlamentares por emendas, com a vantagem, na avaliação desses ministros, de que o Planalto já terá noção de quanto do Orçamento foi aprovado para as demandas.
O Orçamento de 2018 precisa ser aprovado até o dia 22 de dezembro, último dia antes do recesso parlamentar. No entanto, já houve anos em que o Congresso entrou de férias mesmo sem votar a lei orçamentária.
Fonte: G1