Fala Bancário

 Sócrathis Aguiar – Itaú/Av. São Geraldo – Diretor de Aposentados e Assuntos Previdenciários

 

Quando falamos em greve, temos que lembrar que a greve é o último instrumento para negociar as nossas reivindicações. Desde o dia 11 de agosto, entregamos nossa minuta e tivemos sete rodadas de negociações. Ficamos aguardando uma contraproposta dos bancos, mas o que veio não foi condizente. As negociações não avançaram, e o índice proposto de reajuste salarial corresponde a menos de 1% de aumento real. Para o cliente, precisa ficar claro que este não é um movimento que reivindica apenas a melhoria dos salários bancários. Quando pedimos mais contratações, é porque é perceptível, em qualquer banco, a quantidade reduzida de caixas e de gerentes para atender. Quando a gente pede o fim das demissões e mais contratações, isso também vai refletir diretamente no trabalho de atendimento dentro das agências. Outro exemplo, é a nossa reivindicação por segurança bancária, é mais segurança para o bancário e para o cliente.

 Alberto Rocha – Bradesco/Poções – Diretor Regional de Brumado

Nós sabemos que a greve não é boa para ninguém. Nós, bancários, precisamos conscientizar a população sobre nossas reivindicações. A maioria pensa que os bancários ganham muito e que fazem
greve por ganância. Mas, a verdade, é que bancários e clientes são explorados por banqueiros e Governo, e que, neste país tão capitalista, os bancos nunca ganharam tanto dinheiro como nos últimos anos, só no primeiro semestre todos os bancos juntos faturaram mais de R$ 35 bilhões, com perspectiva de fechar o ano com um faturamento de mais de R$ 80 bilhões. A maior rentabilidade do sistema financeiro mundial paga um salário irrisório a um bancário iniciante, enquanto cobra dos clientes tarifas abusivas e juros altíssimos, sem investir em melhorias no atendimento, com, por exemplo, mais contratações de bancários e atendimento às normas mínimas de segurança dentro das agências. Precisamos dar um basta em todas estas arbitrariedades e lutarmos para termos uma vida justa e digna