O ex-motorista do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL), Fabrício Queiroz, de quem Jair Bolsonaro (PSL) afirmou ser amigo pessoal e ter feito empréstimos para ajudá-lo, movimentou em sua conta muito mais do que R$ 1,2 milhão encontrados inicialmente pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Segundo publicou nesse domingo (20) o jornalista Lauro Jardim, de O Globo, novos dados do Coaf mostram movimentação de R$ 7 milhões em apenas três anos. Um escândalo que afeta não só filho Flávio como o próprio Jair e sua mulher, Michelle Bolsonaro. A primeira-dama foi favorecida com depósitos de Queiroz em sua conta.
Além da quantia de R$ 1,2 milhão movimentada atipicamente entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, a conta de Queiroz teve movimentação de mais R$ 5,8 milhões nos dois exercícios imediatamente anteriores, totalizando R$ 7 milhões em três anos.
Segundo o próprio Jair Bolsonaro, Queiroz “fazia rolo”. Nos arquivos do órgão federal de controle de atividades financeiras consta que Queiroz movimentou um volume de dinheiro substancialmente maior do que veio a público até dezembro.
Queiroz foi convidado duas vezes para prestar esclarecimentos no MP do Rio de Janeiro, mas não compareceu. A justificativa era problemas de saúde. A família dele também foi chamada para esclarecer a movimentação atípica de mais de R$ 1,2 milhão entre 2017 e 2018, mas também não apareceu.
Flávio Bolsonaro também não compareceu quando chamado a depor, mas havia prometido marcar uma nova data. Por ter prerrogativa de foro privilegiado, podia acertar com os promotores uma data para se apresentar e dar seus esclarecimentos.
Em entrevista ao SBT em dezembro, Queiroz afirmou que entre suas atividades está a de revenda de carros. E que ganhava cerca de R$ 10 mil por mês quando fazia assessoria a Flávio Bolsonaro, e que seus rendimentos mensais eram de cerca de 24 mil reais, incluindo remuneração como policial.
Fonte: CUT.