Nesta sexta-feira (12), a Comissão Executiva de Empregados da Caixa Econômica Federal (CEE/Caixa) e representantes do banco vão realizar uma nova negociação da mesa permanente. Na pauta, constam como principais reivindicações dos trabalhadores as explicações sobre o resultado do balanço de 2018; a posição da Caixa sobre a retirada da representação do banco no Conselho Curador do FGTS; contratação de mais empregados e apresentação do modelo de implementação de intervalo de 30 minutos para descanso na jornada de 6 horas, mais transparência no Saúde Caixa.
“Até agora a direção do banco não se posicionou sobre o decreto nº 9.737/19, que muda a composição do Conselho e prevê a saída do banco do Conselho Curador do FGTS. Esse movimento pode indicar que a Caixa, sob ordens do atual governo, está se distanciando da gestão do fundo e passando essa atribuição para o sistema privado, colocando em risco investimentos sociais e recursos dos trabalhadores”, alerta o coordenador da CEE/Caixa, Dionísio Reis.
A comissão vai cobrar da direção da Caixa que apresente o modelo de implantação do intervalo de 30 minutos para jornada de 6 horas, mantendo os 15 minutos intrajornada. “É importante lembrar que esta extensão do intervalo é uma conquista importante para os trabalhadores, visto que em muitas agências da Caixa, os empregados não têm conseguido parar nem 15 minutos e que não garantiam o repouso”, disse Dionísio Reis. Para ele, o ideal seria que a Caixa tornasse este intervalo estendido como uma opção, nas unidades onde os trabalhadores têm outras condições de trabalho e que podem optar pela manutenção dos 15 minutos.
Contratação
A CEE/Caixa voltará a reivindicar a contratação de mais empregados e cobrar posicionamento da empresa sobre o fechamento de agências. A exigência pela imediata contratação de empregados é uma forma de combater a sobrecarga e o recorrente adoecimento dos trabalhadores. Atualmente, muitos estão trabalhando sem descanso e sem fazer refeição nas agências pelo país afora”, destacou o coordenador da CEE.
Balanço
Os representantes dos trabalhadores também vão cobrar esclarecimentos sobre o prejuízo registrado quarto trimestre de 2018 e os impactos no que estava projetado no balanço e no reconhecimento dos trabalhadores.
Saúde Caixa
A CEE/Caixa cobra mais transparência nas informações e reitera o ofício de nº 01618, entregue à Caixa em 19/03/2018, requerendo que a instituição cumpra: a apresentação de relatório atuarial e balancetes mensais do exercício de 2017; a identificação do valor total do superávit e respectiva discussão da destinação do mesmo; a aplicação correta da regra de remuneração, pela taxa Selic, sobre os valores do Fundo de Reserva de Contingência; a apresentação dos relatórios financeiros mensais e anuais para possibilitar a efetiva atuação do Conselho de Usuários do Saúde Caixa; a apresentação dos resultados da pesquisa anual de atendimento e satisfação dos usuários do plano, e, por fim, a implementação de um canal oficial e centralizado de comunicação com os conselheiros representantes dos empregados.
Mesa permanente
Para a representante da Contraf-CUT nas negociações com a Caixa, Fabiana Proscholdt, a mesa permanente de negociação com a Caixa é de extrema importância neste momento, principalmente no atual cenário político em que se encontra o país. “Com todo o cenário de ataque e fragilização da Caixa e dos empregados da instituição, é importante reforçarmos a mesa permanente de negociação. Queremos avançar nos debates internos para promover um ambiente com boas condições de trabalho. Temos muitas pautas pendentes e outras a serem debatidas”, ressaltou.
Também serão discutidos na reunião desta sexta-feira os seguintes pontos: abertura e fechamento de agências; melhoria das condições de trabalho dos tesoureiros; cobrança para que atuais GAN PJ, descomissionados como gerentes PJ, retornem a função e fim dos PSI (Processo Seletivo Interno) para gerente PJ nessas SRs; fim do limite dotação de HE, especialmente em agências onde faltam empregados; fim do impedimento de empregados de agências ditas não doadoras em PSI; agências digitais (HE dos gerentes gerais e obediência à NR 17 e aos requisitos do teleatendimento); reflexo das greves de 2017 para os que se aposentaram; e situação dos representantes de marketing das SRs.