A taxa de desemprego no Brasil se manteve estável no trimestre encerrado em maio deste ano, na comparação com os três meses até fevereiro, mas a subutilização bateu novo recorde, segundo dados do IBGE divulgados nesta sexta-feira (28).
O número de desempregados no país fechou, no período de três meses até maio, em 13 milhões de brasileiros (12,3% da população), enquanto o contingente dos que não trabalharam ou trabalharam menos do que gostariam passou a compreender 28,5 milhões de pessoas (25%).
Os dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) indicam que a taxa de desemprego ficou estatisticamente estável tanto em relação ao trimestre imediatamente anterior (12,4% no trimestre encerrado em fevereiro) quanto em relação a igual período de 2018 (12,7%).
O percentual ficou alinhado com a projeção feita por economistas ouvidos pela agência Bloomberg.
Já o número de trabalhadores por conta própria subiu 1,4% em relação ao trimestre encerrado em fevereiro e também bateu recorde da série histórica, iniciada em 2012, chegando a 24 milhões em maio. A alta em relação ao mesmo período de 2018 foi de 5,1%.
A população desalentada –aquela que gostaria de trabalhar mas não procurou emprego no período– também foi recorde. São 4,9 milhões de brasileiros nessa situação, estável em comparação com o mesmo período do ano passado e com o trimestre encerrado em fevereiro. O percentual da força de trabalho em desalento foi de 4,4%.
De acordo com o IBGE, a renda do trabalhador caiu 1,5% na comparação com o trimestre imediatamente anterior, chegando a R$ 2.289 no trimestre encerrado em maio.