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Desenvolvimento humano em baixa no Brasil

A atual conjuntura política e econômica permanece desfavorável para a maior parte dos brasileiros. Apesar do crescimento de 0,001 ponto no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2019, o Brasil caiu novamente no ranking global, ocupando agora a 79ª posição. Na América Latina, o país está empatado com a Colômbia e atrás do Chile, Argentina e Uruguai no que diz respeito à saúde, educação e renda da população.
Com a segunda maior concentração de renda do mundo, perdendo apenas para o Catar, 1% dos mais ricos do Brasil detém 28,3% da renda nacional. Enquanto isso, 12,5 milhões de pessoas estão desempregadas e tantas outras buscaram as vias da informalidade para sobreviver.
Ademais, a estimativa para a inflação de 2019 aumentou pela quinta vez consecutiva. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve sua projeção elevada de 3,52% para 3,84% em dezembro. Ainda assim, o índice divulgado não reflete o alto custo de vida dos brasileiros, que pagam valores exorbitantes na gasolina, moradia, alimentação, entre outros produtos e serviços essenciais.
Por meio dos ataques de 2019, os trabalhadores perderam direitos com a reforma da Previdência, a Medida Provisória nº 905, e nem mesmo o salário mínimo escapou da mira do governo. O reajuste do salário mínimo, com piso nacional de R$ 1.030 para 2020 não terá ganhos reais, e descarta a política de valorização, que foi uma conquista da classe trabalhadora e dos movimentos sindicais entre 2004 e 2005.
Quanto ao Fundo Eleitoral previsto para o ano que vem, às custas dos cortes na Saúde, Educação e Infraestrutura, os parlamentares aprovaram no relatório preliminar do Projeto de Lei Orçamentária de 2020 o aumento de 120%, chegando a R$ 3,8 bilhões destinados às campanhas para as próximas eleições – mais gasto de dinheiro público em favor dos interesses dos que estão no poder.
Neste cenário tão assombroso, apenas 30% da população aprova Bolsonaro. Ou seja, a maioria 68%, considera o governo como regular ou ruim/péssimo.
“A baixa popularidade do presidente reflete o seu despreparo, bem como o de sua equipe ministerial, para tratar dos assuntos de importância nacional. Nenhuma mudança proposta até então beneficiou a classe trabalhadora, é necessário o enfrentamento a esse desgoverno e lutar pelos direitos dos trabalhadores. Vamos transformar nossa indignação em mobilização! A categoria deve estar atenta à renovação da CCT em 2020, pois é o instrumento que nos garante a maior parte dos nossos direitos”, destaca a diretora de Assuntos Jurídicos do SEEB/VCR, Sarah Sodré.

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