Entre terça (21) e quarta-feira (22), o Brasil registrou 67.860 novos casos da covid-19, de acordo com dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (Conass). O número é o maior já observado desde que o vírus foi detectado pela primeira vez no país, em fevereiro. Com isso, o total de pessoas que contraíram a doença chega a 2.227.514. Em junho, os dados brasileiros em 24 horas chegaram a ser os mais expressivos do mundo algumas vezes.
Agora, o único país do mundo que apresentou cenários mais críticos no período de um dia foi os Estados Unidos, que na quinta-feira passada (17) registraram mais de 77 mil casos. Os dois países são os que mais apresentam números absolutos de casos e mortes. Junto com os indianos, brasileiros e americanos representam quase metade de todos infectados registrados globalmente.
No Brasil, o número de mortes também continua crescendo em patamares preocupantes. De terça (21) para quarta-feira (22), foram confirmados 1.284 novos óbitos. O total de casos fatais está em 82.771. A taxa de letalidade é de 3,7%. Se a tendência diária de crescimento continuar, o país terá mais uma semana com registros superiores a 7 mil.
Contágio fora de controle
Segundo Imperial College de Londres, que analisa a propagação do vírus em diversas nações, o coronavírus está fora de controle no Brasil há quatro meses. A chamada RT (velocidade de contágio por período) do país está em 1,01. Isso significa que cada 100 brasileiros infectados propagam a doença para outras 101 pessoas. A velocidade de contágio no Brasil é a quarta pior da América do Sul. Só estão em situação mais preocupante Argentina, Colômbia e Peru.
Com base nos números oficiais de óbitos, a instituição calcula que o Brasil tem conseguido reportar 49,4% dos casos. Ainda que essa subnotificação seja alta, o cenário é melhor do que o registrado em meses anteriores. Já houve períodos em que a avaliação era de que apenas 10% dos infectados apareciam nos registros.
Fonte: Brasil de Fato.