Em resposta ao pedido de esclarecimentos enviado pelo Comando Nacional dos Bancários, nesta sexta-feira, 9 de outubro, a Caixa Econômica Federal confirmou que está realizando pesquisa, via celular, com os empregados sobre a Campanha Nacional 2015. Para os representantes dos trabalhadores, trata-se de uma prática antissindical e uma tentativa de intimidar o movimento grevista iniciado no dia 6 de outubro com forte adesão em todo o país.
“Essa atitude da Caixa fere o legítimo direito da categoria de se mobilizar e lutar pelo atendimento das suas reivindicações. Alguns sindicatos já entraram com medidas judiciais para cobrar a suspensão dessa pesquisa”, destaca Fabiana Matheus, coordenadora da Comissão Executivos dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora o Comando Nacional e a Contraf-CUT nas negociações com a empresa. Ela destaca, ainda, que os trabalhadores não são obrigados a responder à consulta e devem denunciar o fato às entidades sindicais dos estados e regiões.
Na avaliação da CEE/Caixa, é inadmissível que a empresa questione os trabalhadores sobre as suas reivindicações, uma vez que já as conhece. Foi entregue no dia 11 de agosto a minuta específica com as demandas, aprovadas no 31º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef), realizado entre os dias 12 e 14 de junho, em São Paulo (SP). “Além disso, os pontos foram discutidos nas quatro negociações realizadas, nas quais o banco, agindo com intransigência, disse ‘não’ para todas as nossas reivindicações”, completa Fabiana Matheus.
As negociações com a Caixa Econômica Federal ocorrem concomitantemente com a mesa unificada da categoria bancária. Dentre as reivindicações específicas estão contratação de mais empregados, fim do GDP, combate ao assédio moral, fim das metas abusivas, garantia do
Saúde Caixa na aposentadoria (inclusive para os que saíram pelo PADV), fim do voto de Minerva na Funcef, imediata incorporação do REB ao Novo Plano, fim da restrição de dotação orçamentária para horas extras e extensão da licença-prêmio e do anuênio para todos.