A média móvel de óbitos por covid-19 no Brasil chegou a 1.044 nesta quarta-feira (13), segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Com isso, a soma de todas as ocorrências dos últimos sete dias dividida por sete alcançou a pior marca observada em cinco meses. Desde 4 de agosto do ano passado, o resultado não era tão ruim. Em 24 horas foram confirmadas 1.274 mortes e o total já soma 205.964.
Pelo segundo dia consecutivo, a média móvel de novos casos bateu recorde. O resultado foi de 55.626. Já são cinco dias em patamares acima de 50 mil. Entre julho e agosto, período mais grave da pandemia no país até então, o cálculo mais expressivo chegou a 46,5 mil em um dia. O total de casos registrados somente nesta quarta-feira (13) foi de 60.899.
Recorde de mortes no planeta
Nessa terça-feira (12), o mundo registrou recorde de mortes pela covid-19 em 24 horas. Foram mais de 17 mil óbitos, segundo a Universidade Johns Hopkins, que monitora a pandemia globalmente. O número mais expressivo até então havia sido observado em 30 de dezembro, que teve confirmação de 15 mil casos fatais em um dia.
Tanto o resultado de agora quanto o de dezembro foram fortemente impactados pelo cenário nos Estados Unidos. O país teve mais de 4,3 mil óbitos nessa terça-feira. Nos últimos oito dias foram registrados quatro recordes de óbitos entre a população estadunidense. No total, mais de 380 mil pessoas morreram por causa do coronavírus no país.
Novas cepas se espalham pelo mundo
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a mutação do coronavírus identificada no Reino Unido já foi registrada em 50 países. Já a nova cepa com origem na África do Sul está presente em 20 nações. No Brasil, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) confirmou a existência de uma nova variante nesta terça-feira (12).
O microrganismo foi identificado no Amazonas e teria surgido entre novembro e dezembro de 2020. O primeiro alerta sobre a nova cepa brasileira foi feito inicialmente pelo governo japonês, após identificação de contaminação em quatro turistas do Japão que estiveram no Amazonas no fim de 2020.
Ainda não há estudos conclusivos sobre o potencial de transmissibilidade dessas variantes. Mas cientistas do mundo todo apontam a possibilidade de relação com os números crescentes de infectados, aliada a fatores como a sazonalidade e o enfraquecimento de medidas de prevenção como o distanciamento social.
Fonte: Brasil de Fato.