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Bolsos vazios e preços cada vez mais altos, está bom para quem?

Os aumentos constantes têm agravado ainda mais a situação econômica para a maioria das famílias brasileiras.

Desde a escalada de Bolsonaro e sua corja ao poder, a situação econômica do Brasil está ladeira abaixo. Paulo Guedes é quem está à frente das decisões que ocasionam esse cenário e tem retirado da mesa das famílias brasileiras o essencial.

Só neste ano, já foram realizados dois aumentos no preço do gás de cozinha, o último na terça-feira (9). O reajuste foi de 5,1% no preço do Gás liquefeito de petróleo – GLP. Com isso, o botijão de 13 quilos passou a custar para a população de Vitória da Conquista em média R$90.

Em pesquisa divulgada em 2020, nos anos de 2018 e 2019, já eram mais de 14 milhões de famílias brasileiras que passaram a usar lenha ou carvão para cozinhar, segundo dados da Pnad Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Também nesta semana aconteceu o sexto reajuste do preço da gasolina e diesel só neste ano. A Petrobras anunciou o aumento de 8,8% para a gasolina e de 5,5% para o diesel. No bolso de quem mora em Conquista o litro da gasolina está em média R$6. Esses reajustes representam uma alta no ano de 54% no preço da gasolina e de 41,6% no diesel.

Em seis anos o preço destes produtos quase dobrou. No início do ano de 2015, Gasolina custava em média R$ 3, o Diesel R$ 2,75 e o Botijão R$46.

E POR QUE ISSO ESTÁ ACONTECENDO?

Não se engane, não tem nada a ver com imposto. A verdade que o governo não quer falar é que com a política de preços adotada em 2017, a Petrobras passou a abrir mão de controlar o valor da gasolina e gás de cozinha no país. Ou seja, não basta reduzir imposto para diminuir o preço final para o consumidor, é preciso pensar em outra política de preços para a Petrobras.

Segundo dirigentes da Federação Única dos Petroleiros-FUP, para o jornal Brasil de Fato, a principal mudança a ser feita é na política de preços paritários de importação (PPI), que é responsável pelo constante reajuste de preços de combustíveis e do gás de cozinha. Em 2017, quando houve mudança nessa política, a estatal deixou de controlar diretamente o preço desses produtos no país, evitando variações inflacionárias, para determiná-lo de acordo com o preço do mercado internacional.

Outro agravante para este cenário foram os processos de privatização das refinarias que tínhamos em nosso país. Não tem justificativa extrair o petróleo aqui, vender barato para fora do país para ser refinado e comprarmos no preço do mercado internacional. Diante da quantidade de petróleo disponível no Brasil, não tem justificativa estarmos curvados ao mercado internacional.

A alternativa para o povo brasileiro voltar a ter combustível acessível é a autonomia da produção com a retomada das atividades estatais das refinarias.

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