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O risco do atendimento nos caixas eletrônicos das agências

Sindicato denuncia que os bancos não tem protegido a categoria nesta função

Foto: Agência do Bradesco em Vitória da Conquista

 

Com a pandemia da Covid-19 trouxe outras práticas para a realidade do trabalho bancário. Desde o início do ano passado, Sindicatos e Federações estão formulando propostas para garantir segurança para as trabalhadoras e trabalhadores e também para os clientes que buscam atendimento nas agências.

Foram estabelecidos procedimentos de sanitização do espaço, instalação de barreiras de acrílico, disponibilização de álcool em gel e máscaras e o afastamento de funcionárias e funcionários que fazem parte do grupo de risco. No entanto, a diretoria do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região tem notado um descaso dos bancos com quem trabalha nos postos de autoatendimento, lidando diretamente com o público, sem nenhum equipamento de distanciamento.

Foto: Agência da Caixa Econômica em Vitória da Conquista

Para entender melhor como lidar com essa situação, a diretoria do Sindicato buscou informações com profissionais da área de segurança do trabalho que orientaram sobre a existência de procedimentos que deveriam ser realizados por parte dos bancos. Entre eles a disponibilização de material de segurança individual, máscaras com proteção efetiva, nos modelos PFF2 ou N95, e também jalecos. Além disso, avalia-se ser importante manter o distanciamento no espaço entre as pessoas, recomenda-se 1,5m a 2m e uma capacitação sobre o uso dos Equipamentos de Proteção Individual.

Quanto ao espaço, deve ser realizada a descontaminação das máquinas em intervalos mais curtos, mais vezes durante o atendimento ao público. Outra questão é sobre o álcool em gel, que precisa estar instalado em locais de fácil acesso e boa visibilidade para quem entra na agência.

A situação para os funcionários que trabalham nesse espaço do banco se torna ainda pior, porque os gestores dos bancos utilizam essa função como penitência. “É muito comum a gente ver que os gestores direcionam justamente as pessoas que estão retornando de processos de adoecimento para esse trabalho, o que é inaceitável por ser o lugar de maior exposição na agência. Os bancos precisam respeitar seus trabalhadores, garantir que todas as pessoas que estão na agência estejam seguras neste momento de pandemia”, avalia Giovania Souto, diretora de Saúde do SEEB/VCR.

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