Contratações, prioridade na vacinação contra a Covid-19 foram pauta em reunião com Fausto Ribeiro
A sinalização de uma relação de abertura, diálogo e proximidade por parte do novo presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, marcou a primeira reunião realizada entre a direção do banco e a representação dos trabalhadores, ocorrida na terça-feira (25), em Brasília. Os representantes que compõem a diretoria do Sindicato dos Bancários de Brasília participaram da reunião presencialmente, respeitando-se rigorosamente todos os protocolos de segurança. O coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, participou por videoconferência.
Logo no início da reunião, o presidente do BB disse que o respeito aos funcionários vai prevalecer na sua gestão e que as portas para o movimento sindical estarão abertas.
“Apesar de termos tido esse primeiro contato, temos a demanda de um encontro solicitado pela Contraf-CUT por meio de um ofício. Por isso, foi bom ouvir que as portas estão abertas ao movimento sindical e que o diálogo com os funcionários e suas representações vão prevalecer”, disse Fukunaga. “Vamos manter esse contato e esse diálogo para apresentar e defender as demandas dos trabalhadores”, completou.
Contratações
O primeiro assunto tratado foi sobre a contratação urgente de mais funcionários, principalmente diante do cenário de colapso constatado nas agências pelo Brasil afora.
“A situação é ainda mais grave nas unidades de negócio”, apontou o presidente do Seeb/Brasília, Kleytton Morais, que enfatizou a necessidade de contratações via concursos públicos para suprir essa demanda. “Em função da procura cada vez mais crescente de clientes e usuários, por um lado, e da diminuição do número de funcionários por conta do processo de reestruturação, por outro, o déficit do quadro de pessoal é grave e tem impactado sobremaneira o ritmo de trabalho e consequentemente a saúde dos bancários, que estão cada vez mais adoecidos. Isso sem contar que, numa situação dessas, o banco também perde em termos estratégicos, na disputa de mercado”.
O coordenador da CEBB reforçou a urgência da abertura imediata de novo concurso público para o BB. “A situação verificada no Distrito Federal e entorno se repete em quase todos os cantos do país. Existem relatos de que gestores da unidade precisam atuar em todas as posições para se efetivar o atendimento aos clientes devido à falta de funcionários”, disse.
Vacina, já!
A inclusão da categoria no Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19 foi outro ponto tratado na reunião.
A representação dos funcionários cobrou posicionamento da direção do Banco do Brasil no sentido de atuar junto ao governo para assegurar a priorização dos bancários no PNI.
“O aceno positivo dado pelo presidente do BB, relativo ao pleito de buscar a priorização dos bancários no PNI é um importante reforço para os esforços que já realizamos neste sentido”, disse Kleytton ao lembrar que houve um grande crescimento no número de mortes entre os bancários.
Segundo levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), no primeiro trimestre de 2021 houve 176% mais mortes na categoria, na comparação com o mesmo período de 2020.
O argumento foi reforçado pelo presidente da Federação dos Bancários da CUT do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), Cleiton dos Santos. “Assim como outras categorias que se mostraram fundamentais, os bancários colocaram suas vidas em risco para cumprir seu papel social de manter o atendimento da população e fazer a economia funcionar neste período tão crítico e sem precedentes na história de nosso país”, disse.
Defender o banco público
Os debates também giraram em torno da importância de se manter o Banco do Brasil como instituição pública de fomento e como agente de desenvolvimento socioeconômico brasileiro, ainda mais diante de uma conjuntura em que os bancos públicos vêm mostrando a sua relevância e papel diferenciados.
Fonte: Seeb/BSB, com Contraf-CUT