Na manhã desta terça-feira (7), o Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região realizou uma manifestação, no Centro de Conquista, contra o sucateamento do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.
O ato fez parte do Dia Nacional de Luta em Defesa dos Bancos Públicos e de seus Empregados, que aconteceu simultaneamente em diversas cidades do país e nas redes sociais.
As trabalhadoras e trabalhadores do BB e da CEF exigem melhores condições de trabalho, o fim de metas abusivas e do assédio institucional, além de mais contratações para reduzir a sobrecarga de trabalho e melhorar o atendimento à população.
Nos últimos anos, tanto a Caixa quanto o Banco do Brasil vêm sofrendo com o corte dos postos de trabalho, o fechamento de agências e a venda de áreas importantes – e altamente lucrativas – para a iniciativa privada, o que vem prejudicando o atendimento diário à população, mas sobretudo a atuação dos bancos como um todo.
A CEF, que é um banco 100% público, tem sido alvo do projeto entreguista do governo, que articula a privatização das loterias e quer abrir o capital do banco. Com um déficit de cerca de 20 mil funcionários, os trabalhadores que estão na ativa são submetidos à sobrecarga de trabalho e a metas abusivas.
Já a atual gestão do BB deu início, em 2017, a mais um plano de desmonte da instituição, chamado de “reestruturação”, com o fechamento de mais de 360 unidades, o desligamento de 7 mil funcionários por meio de PDVs e a venda de subsidiárias.
“O Banco do Brasil e a Caixa são patrimônios dos brasileiros e ferramentas essenciais para disponibilização de programas sociais e fornecimento de crédito. É importante que a população saiba que as políticas de demissões que são impostas nesses bancos trazem como resultado a precarização do atendimento, com cada vez mais tempo de espera nas filas. Para a categoria bancária, a consequência é o aumento da sobrecarga de trabalho, das metas e, por consequência, do adoecimento físico e mental. Precisamos unir forças para cobrar dos bancos e do governo a contratação de mais funcionários e o respeito aos direitos dos consumidores das instituições financeiras”, considera Leonardo Viana, presidente do Sindicato dos Bancários.