O Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região promoveu, na manhã desta terça-feira (29), o retardamento da abertura da agência do Santander, no Centro de Conquista. O ato fez parte do Dia de Luta, que aconteceu simultaneamente em várias cidades do país.
O banco espanhol vem desrespeitando direitos e aumentando a exploração dos trabalhadores. Conforme comunicado divulgado pelo Santander, no próximo dia 4 de abril, os funcionários com comorbidades e grávidas devem retornar ao atendimento presencial. A imposição atenta contra a vida e a segurança dos trabalhadores do grupo de risco, por isso o Sindicato é contrário ao regresso indiscriminado.
O descaso com a saúde das bancárias e dos bancários também fica exposto com a intensa cobrança de metas e pelo assédio moral. A pressão exercida nestes trabalhadores vem causando um índice alarmante de adoecimento físico e, principalmente, mental.
Os diretores do SEEB/VCR também denunciaram os ataques que o banco vem promovendo contra a jornada de trabalho dos bancários, que é assegurada pela Convenção Coletiva da categoria. Além disso, o Santander criou recentemente três empresas para prestarem serviços à instituição financeira, mas os funcionários não são considerados bancários, perdendo uma série de direitos.
“O Santander vem procurando formas de burlar a Convenção Coletiva da categoria e as leis trabalhistas do país há muito tempo. Agora o banco quer impor uma flexibilização ainda maior das medidas de distanciamento e segurança nas agências, expondo bancários e clientes aos riscos de contaminação pela Covid-19. Não podemos admitir que o Santander conquiste o seu lucro às custas da saúde e da vida de trabalhadores e consumidores”, afirmou Leonardo Viana, presidente do Sindicato dos Bancários.