A batalha enfrentada pela categoria na Campanha Nacional deste ano levou à realização de uma das maiores greves já registradas, demonstrando que apesar das ameaças e do cenário difícil, os bancários ainda têm a disposição para a luta.
Mesmo com os resultados financeiros não correspondendo ao esperado, fica a lição da necessidade da luta e da adoção de novas formas de enfrentamento diante das novas tecnologias do setor financeiro e da habilidade dos banqueiros em inovar nas negociações. Ainda que sem atingir a lucratividade dos bancos com a mesma intensidade de antes, a greve permanece sendo um instrumento legítimo e eficaz de luta dos trabalhadores, despertando o sentido da mobilização coletiva, fundamental para a vitória da classe trabalhadora em qualquer situação.
A experiência de um acordo por dois anos será avaliada pelos trabalhadores se será ou não positiva, mas, que deverão intensificar sua luta contra a retirada de direitos, e por outras reivindicações que sempre ficam em segundo plano em detrimento do percentual de reajuste.
Enquanto a pauta dos bancários era entregue, a negociação se desenrolava e os bancários resistiam na greve às ameaças dos banqueiros, os senadores mudavam definitivamente a presidência da república, e o vice Michel Temer já apresentava suas propostas de seguir com juros altos, retirada de diretos trabalhistas e sociais, recebendo elogios do Fundo Monetário Internacional (FMI). Neste cenário, será fundamental a união dos trabalhadores para enfrentar todos esses ataques contra a classe trabalhadora.
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